A história da magistratura em Goiás pode ser dividida em antes e depois da criação da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO). Com 51 anos de existência, a ASMEGO construiu não só um respeitável patrimônio imobiliário, mas também bases ética, moral e cultural que asseguraram um prestígio social e político da categoria junto à sociedade goiana.
As dificuldades de comunicação entre as comarcas, os baixos salários dos magistrados e a dependência do Poder Executivo levou um grupo de magistrados a pensar na criação de uma entidade representativa. Preocupado com a situação de desalento da categoria, em 1966, um grupo de magistrados resolveu buscar uma alternativa de organização para resolver os problemas que os afligiam. Assim, uma comissão, presidida pelo desembargador Homero Sabino de Freitas e composta pelos desembargadores Firmo Ferreira de Castro e Kisleu Dias Maciel (na época juízes), assumiu provisoriamente a direção da entidade recém-criada, até que se fizesse a primeira eleição.
Essa comissão foi a responsável pela criação do estatuto da ASMEGO, fundada em 15 de julho de 1968. A primeira direção da entidade se preocupou também em conseguir um local de trabalho, criando a primeira sede da associação em um espaço do Fórum na Praça Cívica. Nesse local, deram-se as primeiras ações para a estruturação da magistratura em Goiás. A luta pela independência financeira do Poder Judiciário em relação ao Poder Executivo, a melhoria rápida e urgente dos vencimentos, dos proventos e, principalmente, das pensões das viúvas foram principais bandeiras dos anos iniciais da Associação dos Magistrados.
Superada essa fase, a direção da ASMEGO buscou construir uma estrutura assistencial para os magistrados e seus familiares. Como ainda não existiam planos de saúde, a associação criou o serviço odontológico e buscou o credenciamento de médicos, instalando-os em duas salas e três gabinetes odontológicos, em um espaço do Parthenon Center, em Goiânia.
A partir daí, partiu-se para a estruturação da área de lazer e entretenimento. A casa de Veraneio de Itajá (Lagoa Santa - GO, 1974) e o Clube Padre João Pian (1976) foram os primeiros espaços de convivência. Depois vieram o Hotel de Cangas (Aruanã - GO, 1990), o Clube Maria Dilce (1992), a Pousada São João Bosco (Caldas Novas- GO, 1993) e a Pousada Desembargador Celso Fleury (Nova Viçosa - BA, 1993).
A preocupação em abrigar na capital os juízes do interior, levou a ASMEGO a construir a Casa do Magistrado Moacir Ribeiro de Freitas (1985). E, posteriormente a segunda Casa do Magistrado (2000). A primeira sede própria da ASMEGO foi instalada à Rua 85, mas em 2004, no mandato do desembargador Jamil Pereira de Macedo, a associação foi transferida para a sua atual sede própria, na BR-153, onde também funciona a Escola da Magistratura. Em 2005, na gestão do desembargador Kisleu Dias Maciel Filho, a Associação dos Magistrados ganhou uma sala de apoio no 11º andar do Tribunal de Justiça.
Nestas quatro décadas de existência, a ASMEGO também participou ativamente da luta pela valorização da carreira de magistrado e de momentos políticos importantes para fortalecer as atividades do Poder Judiciário.