Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

Notícias

63 anos de lutas e conquistas

Valorizar a Magistratura Brasileira, por meio da defesa de suas prerrogativas, e ampliar a prestação jurisdicional, a fim de uma Justiça célere e eficaz, são algumas das premissas resguardadas pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), ao longo de seus 63 anos de história, celebrados nesta segunda-feira (10).


Fundada em 1949, no Rio de Janeiro, a AMB acompanhou as transformações de um país ainda tímido, que se interiorizou, redescobriu seu povo e tornou-se a 6ª economia mundial. Ao longo destas seis décadas, muitas foram as mudanças observadas de perto pela Magistratura, protagonista na construção do processo democrático e guardiã da Constituição e das Leis que regem o país.


Maior Associação de Magistrados do mundo, a AMB congrega cerca de 14 mil Juízes e Desembargadores, além de 36 associações regionais, sendo 27 de Juízes Estaduais, sete de Trabalhistas e duas de Militares. Desde sua fundação, atua em prol do aperfeiçoamento da carreira, buscando a qualificação dos magistrados e a excelência no exercício da profissão. Trabalho desenvolvido por meio da Escola Nacional da Magistratura (ENM), em parceria com instituições do Brasil e do exterior.


Para o Presidente da AMB, Nelson Calandra, neste trajeto de 63 anos vários episódios marcaram a vida do Juiz brasileiro. “Tivemos colegas com situações salariais delicadas, alguns Estados que não pagavam em dia o salário de seus Juízes, salários defasados e irreais para aquela época. Juízes heróis que atravessaram todo um período da história do Brasil e da Magistratura brasileira lutando bravamente para construir um caminho de união para a Magistratura e o fortalecimento do Poder Judiciário”, explicou Calandra.


Calandra ressalta ainda que a AMB participa de vários organismos internacionais tendo, inclusive, o Ministro Sidnei Beneti que presidiu a União Internacional de Magistrados (UIM) e o Desembargador Francis Davis, que ocupou o cargo de Vice-Presidente. “Cada um contribuindo ao seu modo para que a AMB fosse o que ela é, hoje, uma entidade com voz e presença dentro do Senado, da Câmara, em cada Estado brasileiro e também junto ao Executivo. A nossa luta é permanente, não arredamos pé de conquistas já alcançadas por nossos antecessores e queremos de volta, alguns benefícios que perdemos no passado, como o adicional do tempo de serviço. A várias gestões, a Diretoria Executiva da AMB luta para trazer, pelo menos, a reposição monetária dos subsídios, pois, são quase sete anos de perdas salariais consecutivas, o embate com o CNJ e a necessidade de defender posições que assegurem aos Juízes a sua independência”, pontuou o Presidente da AMB.


À frente da AMB desde dezembro de 2010, Nelson Calandra tem desenvolvido um trabalho de interiorização da Magistratura, traçando um panorama da situação dos Juízes e Desembargadores de todo o país. Entre as diretrizes adotadas em sua gestão estão, a luta pela recomposição dos subsídios, a adoção de medidas que garantam mais segurança aos Magistrados e Fóruns e a democratização do processo de eleição para cargos diretivos dos Tribunais, por meio da campanha Diretas Já no Judiciário.