Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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A magistratura é apartidária, declaram juízes em ato histórico pela autonomia do Judiciário

Ato público promovido pela  ASMEGO reuniu cerca de 50 magistrados, de diversas comarcas do Estado Mobilização idealizada pela ASMEGO reuniu cerca de 50 magistrados, de diversas comarcas do Estado

"Os juízes não têm partido. O nosso compromisso é com a justiça e a paz social." Foi esse o posicionamento do presidente da ASMEGO, juiz Wilton Müller Salomão, que norteou o ato público da magistratura goiana em defesa da autonomia do Poder Judiciário. Com juízes da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho, a mobilização reuniu, nesta sexta-feira (18), na sede do TJGO, cerca de 50 magistrados, de diversas comarcas do Estado. A independência da Justiça e o combate à corrupção também foram reivindicados na manifestação.


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"Não podemos admitir a ingerência no trabalho dos juízes. A magistratura é isenta, imparcial e transparente em seus atos", disse Wilton Müller em referência à conduta dos juízes que atuam na Operação Lava Jato. O ato público foi idealizado em resposta aos questionamentos feitos, nos últimos dias, quanto à  imparcialidade do juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato. Presidente Wilton Müller leu, no ato, a nota pública da ASMEGO em defesa da autonomia dos juízes que atuam nessa operação.


Diretor do Foro de Goiânia da Justiça Federal, o juiz Paulo Ernane Moreira Barros defendeu a independência dos magistrados. "Não são os juízes que escolhem os processos que irão julgar. Portanto, é incabível a argumentação de que o Judiciário é seletivo. Não defendemos partidos, nem ideologias. O que protegemos é a democracia e a justiça", disse.


Foi o que reiterou o presidente da Amatra-18, juiz Luciano Santana Crispim. "A magistratura, que é uma instituição independente, atua com serenidade e imparcialidade em todas as suas esferas. Integramos um Poder constituído, que não tem ligação alguma com partidos políticos", destacou Luciano.


O corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho, pontuou que os juízes estão prontos para ajudar "a colocar o País no eixo". Para Gilberto Marques, circunstância alguma, nem mesmo a crise política, econômica e moral que afeta o Brasil, influencia na "isenção, dignidade e prudência dos magistrados no ato de julgar".


Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO | Fotos: Luciana Lombardi