“Atirar não é como aprender a andar de bicicleta, que a gente nunca esquece. A instrução de tiro e o manuseio da arma tem que ser constante”, afirma o subcomandante-geral da Polícia Militar coronel Welington Rodrigues, que compôs a mesa de abertura do curso de Instrução de tiro para magistrados. Também compuseram a mesa os desembargadores Vitor Barbosa Lenza, presidente do Tribunal de Justiça e Walter Carlos Lemes, 1º vice-presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego). Estes destacaram as dificuldades que o mundo contemporâneo passa como o aumento do índice de violência e consumo de drogas. Os desembargadores parabenizaram a iniciativa da Associação e Polícia Militar em oferecer um curso no qual o magistrado receba a orientação mínima necessária de manuseio de arma e técnica de defesa pessoal.
Alguns dos magistrados inscritos prestigiaram a abertura e depois seguiram para Centro de Instrução da PM-GO, em Senador Canedo (antigo CEFAP), o local do curso. São duas turmas, sendo a primeira com 22 inscritos que receberá instrução hoje, 22, e a segunda, com 28 inscritos fará o curso na próxima sexta-feira, 29. A instrução ocorre das 8h da manhã às 18h da tarde seguindo o seguinte cronograma: explicação de técnicas e primeiras aplicações na parte da manhã; intervalo para o almoço; simulação de um circuito para orientação de como agir em situações de risco durante a tarde e, por fim, um happy hour no qual os magistrados recebem o certificado.
O evento, em parceria com a PM-GO, tem como organizadores o diretor de Esportes e Lazer da Asmego, Héber Carlos, e o Wilton Müller, diretor administrativo. Héber explicou que a preocupação da Asmego em dar ao seu associado o curso de Instrução de tiro é a mesma que todo cidadão que porta uma arma deveria ter, a de saber usar o armamento e estar preparado para possível situação de risco. “Uma pessoa que tem autorização para usar uma arma, mas não tem preparo, pode sofrer mais um prejuízo do que um benefício” justifica o diretor.
Héber Carlos também destaca a atividade como prática esportiva que proporciona ao magistrado mais uma forma de lazer. Segundo o diretor o tiro serve como uma válvula de escape que os profissionais tem para aliviar a tensão e os stress do dia a dia. Contudo, Héber esclarece que se refere ao tiro no lugar adequado e com regras próprias, sem nenhuma conotação de violência.
Membros da Polícia Militar, instrutor do curso e comandante da Companhia de Operações Especiais (COE), major Célio Bueno, o comandante da Assessoria da Polícia Militar do Tribunal de Justiça, tenente-coronel Willian Pereira, coronel Jurair Alves de Souza e o comandante do Policiamento da Capital, coronel Sérgio Katayama, também integraram a mesa durante a abertura.