Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Acelerar Previdenciário realizará 140 audiências em Santa Helena

Dona de casa Dalila Neves Aguiar recebe atendimento no fórum de Santa Helena Dona de casa Dalila Neves Aguiar recebe atendimento no fórum de Santa Helena

A equipe do Acelerar Previdenciário finaliza os trabalhos de 2015 nesta quinta-feira (17), na comarca de São Domingos




A comarca Santa Helena de Goiás, localizada na Região Sudoeste do Estado, é 80ª comarca a receber o Programa Acelerar – Núcleo Previdenciário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, e a previsão é de que sejam realizadas 140 audiências nesta terça (15) e quarta-feira (16), e compareçam cerca de 400 pessoas entre partes, testemunhas e advogados. Segundo o diretor do Foro local, juiz Luciano Borges da Silva, esta é a primeira vez neste ano que a comarca recebe a equipe do Acelerar, mas desde que chegou a Santa Helena, em 2013, foram realizados quatro mutirões para colocar a demanda previdenciária em dia.


Além de Santa Helena de Goiás, a equipe finaliza dos trabalhos de 2015 nesta quinta-feira (17) na comarca de São Domingos. Em Santa Helena os serviços contam com a participação dos juízes Aline Freitas da Silva, Luciana Nascimento e Luciano Borges. Em São Domingos serão 23 processos presididos pelo magistrado Jonas Nunes Resende. O esforço concentrado conta ainda com o apoio da equipe do Núcleo Previdenciário e servidores das comarcas.


Em 11 meses, o Acelerar Previdenciário realizou 12.647 audiências, com 5.308 sentenças procedentes, que geraram R$ 92.191.817,23 em benefícios atrasados e 1,9 mil processos foram despachados. Segundo o coordenador do Núcleo Previdenciário, juiz Reinaldo Dutra, a prestação jurisdicional está sendo entregue em tempo ágil, levando em conta que a maioria dos processos pautados em 2015 foram demandas novas, com menos de nove meses de tramitação. “Isso só foi possível porque temos uma equipe afinada, juízes comprometidos e que tem o perfil para área previdenciária”, afirmou.


Benefício implantado


Em apenas seis meses depois de dar entrada no pedido de pensão por morte do marido, a dona de casa Dalila Neves Aguiar saiu do Fórum com a sentença procedente nas mãos. Apesar de já receber aposentadoria, Dalila Neves veio ao fórum por pleitear a pensão por morte do marido, ocorrido em julho de 2013. O casal teve quatro filhos. Dalila vive na companhia de dois dos sete netos. A audiência que concedeu o benefício foi presidida pelo juiz Luciano Borges. Ao receber a notícia de que teria assegurada a pensão do marido, ela agradeceu a Deus e ao magistrado, que em acordo com a representante do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Aladir Arantes, concederam a nova pensionista mais de R$ 15 mil em atrasados, além de definir o prazo de 60 dias para implantação do benefício.


Dalila Neves disse que passou momentos muito difíceis com a morte do marido, mas que nunca perdeu a fé e a esperança. Disse ainda que tem dois sonhos: fazer tratamento dentário e reformar a casa em que mora, que é muito simples, mas foi conquistada junto com o marido. “Se eu não aproveitar e ir ao dentista e também de arrumar minha casa agora, corro o risco de gastar o dinheiro com outras coisas e ficar sem realizar esse sonho. Minha área molha tudo, tem de trocar todas as telhas”, afirmou.


Agilidade processual


A pedido do juiz Luciano Borges, compareceram para esta edição do Acelerar Previdenciário os procuradores do INSS Eulina Brito Dornelles Berni, Waldir Eduardo Barros e a preposta Aladir Arantes. Desde maio deste ano a equipe do INSS não comparecia aos mutirões previdenciários, por motivos internos, o que leva para a segunda instância os processos sentenciados pelo juízes, fazendo com que trâmite possa demorar de 2 a 5 anos. De acordo com Luciano Borges, a presença da equipe do INSS além de trazer agilidade processual, faz com que as partes, em sua maioria são doentes ou carentes, passam a receber em 60 dias.


A procuradora Eulina Brito informou que está sendo criado um núcleo somente para atender as audiências previdenciárias. Assim, a partir de janeiro de 2016, todos os mutirões terão a presença dos procuradores e prepostos do INSS. “Temos a prerrogativa de conceder com os valores de atrasados e de requisição de pequeno valor (RPV), desta forma, quando o procurador faz o acordo aquele processo é findado após a implantação do beneficio. Vejo que essas ações além de entregar o que é de direito as partes” ressaltou o magistrado.


Texto e fotos: Aline Caetano -  Centro de Comunicação Social do TJGO