A Câmara Federal conta hoje com 51 deputadas federais – apenas 10% das 513 cadeiras -, enquanto o Senado tem 13 representantes femininas – 16% do total de 81 senadores
A AMB participou nesta terça-feira (16) do lançamento da segunda edição da cartilha “Mais Mulheres na Política”, resultado da parceria entre o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e outras entidades, incluindo a associação que representa mais de 14 mil juízes em todo o país. A presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), juíza Fátima Pirauá, representou a AMB no evento realizado no salão nobre da Câmara dos Deputados e defendeu, durante seu discurso, a maior participação das mulheres em todos os poderes da República, incluindo o Judiciário.
De acordo com Fátima Pirauá, apesar de representarem mais de 50% dos estudantes de direito, as mulheres somam, na média geral, menos de 30% do total de juízes no país. “Estamos juntos nessa luta para aumentar a participação das mulheres não só na política, mas em todas as instâncias de poder da sociedade. As decisões políticas afetam diretamente as mulheres, uma vez que boa parte delas são chefes de família, então nada mais justo de que essas decisões tenham um olhar feminino”, ressaltou a magistrada.
O lançamento da cartilha faz parte da campanha “Reforma mais Mulheres na Política”, encabeçada pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado, a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados e a bancada feminina do Congresso.
Em reunião no dia 5 de maio com a procuradora Especial da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o presidente da AMB, João Ricardo Costa, garantiu o apoio da associação à campanha. “A participação efetiva das mulheres no cenário político só tem a acrescentar à nossa democracia”, apontou Costa.
A Câmara conta hoje com 51 deputadas federais – apenas 10% das 513 cadeiras -, enquanto o Senado tem 13 representantes femininas – 16% do total de 81 senadores. Em 2014, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez, pela primeira vez, intensa campanha em rádio e TV para estimular mulheres a disputarem eleições. Apesar do esforço, não foi atingida a cota mínima de 30% por partido ou coligação para mulheres, o que indica os inúmeros desafios a serem superados para mudar a realidade brasileira.
Fonte: Márcia Delgado | Ascom/AMB (com colaboração de Carlos Farikoski)