Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

Notícias

AMB defende processos coletivos na Câmara

Na Comissão de Legislação Participativa da Câmara, juiz João Ricardo Costa defende projetos de interesse da magistratura Na Comissão de Legislação Participativa da Câmara, juiz João Ricardo Costa defende projetos de interesse da magistratura

João Ricardo disse que a magistratura brasileira está “ansiosa” para mudar o modelo vigente de atuação do Judiciário, com excesso de processos e recursos




A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados ouviu, nesta quarta-feira (18), representantes de entidades da sociedade civil para conhecer as principais demandas da população para 2015. A AMB foi uma das convidadas a discutir propostas a serem debatidas pela comissão.


O presidente da entidade, João Ricardo Costa, falou sobre o novo Código de Processo Civil (CPC), sancionado na segunda-feira (16), e os vetos feitos pela presidência da República sobre a nova legislação, especialmente o que trata da conversão de ações individuais em coletivas. A medida, no entendimento AMB, seria fundamental para o descongestionamento do Judiciário.


“O processo civil brasileiro ainda atua de forma individual, nós não temos um instrumento coletivo para as grandes violações de direito e não temos um processo coletivo efetivo que possa dar a resposta necessária para a sociedade”, afirmou Costa. Ele citou a tramitação na Casa de um projeto de lei que trata do Código de Processo Coletivo, como uma forma de atuação do legislativo para resolver esse problema. “Tentamos colocar no novo Código o dispositivo de coletivização dos direitos massificados, mas infelizmente foi um dos pontos vetados pelo Poder Executivo”, reforçou o presidente.


João Ricardo disse que a magistratura brasileira está “ansiosa” para mudar o modelo vigente de atuação do Judiciário, com excesso de processos e recursos. Com menos ações, diz ele, juízes podem atuar em temas caros à sociedade.  “Basta uma legislação efetiva para que possamos enxugar esses processos do Judiciário e liberar juízes para tratar de assuntos fundamentais, como violência doméstica, varas de família e infância e juventude. Temos poucos juízes nos presídios porque eles estão trabalhando para os grandes violadores de direito, aqueles que usam de forma predatória o sistema judicial brasileiro”, alertou.


Fonte: Tatiana Damasceno | Ascom/AMB