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AMB pede a ministro que paute ADI sobre financiamento de campanha

Presidente da AMB, juiz João Ricardo Costa foi recebido nesta terça, 14, no STF, pelo ministro Gilmar Mendes Presidente da AMB, juiz João Ricardo Costa foi recebido nesta terça, 14, no STF, pelo ministro Gilmar Mendes

Em março de 2014, o STF iniciou análise de ADI sobre o tema, mas quando o julgamento estava em 6 a 1 pelo fim das doações, um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes suspendeu o julgamento da ação, que pode acabar com o financiamento privado de campanha




O presidente da AMB, João Ricardo Costa, pediu nesta terça-feira (14) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que coloque em pauta seu voto sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.650, que proíbe o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e partidos políticos. Também acompanharam a reunião o vice-presidente institucional da associação, Sérgio Junkes, o assessor da presidência, José Carlos Kulzer, e o presidente da Anamatra, Paulo Schmidt.


Em março de 2014, o STF iniciou análise da ADI, mas quando o julgamento estava em 6 a 1 pelo fim das doações, um pedido de vista do ministro suspendeu o julgamento da ação, que pode acabar com o financiamento privado de campanha. Desde então diversas entidades civis, inclusive a AMB, já solicitaram que o Supremo retome o julgamento do processo. A medida é considerada importante no esforço e união das instituições para combater a corrupção e a impunidade no país.


“Estamos cada vez mais preocupados com a situação do país. Viemos fazer um apelo para que o ministro paute o processo porque é uma forma de dar o primeiro passo. Sabemos que esse julgamento não é a solução para tudo, mas é um movimento importante para mudar o modelo de financiamento de campanhas eleitorais, que favorece a corrupção e não é democrático”, afirma Costa.


Entendendo o apelo da entidade, o ministro do Supremo disse que irá pautar a ação para o Plenário e que ela deve ser julgada ainda este ano.


Anuário da Justiça


O presidente da AMB também participou do lançamento da 9ª edição do Anuário da Justiça Brasil, no Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Entre os convidados compareceram o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio, decano e vice-decano da corte.


O presidente do STF, em seu discurso, elogiou o apoio da AMB à proposta da atual gestão da corte de incentivar os magistrados brasileiros para que usem formas alternativas à prisão. O ministro quer ampliar o uso de medidas como a aplicação de penas restritivas de direitos, o uso de medidas protetivas de urgência, além da difusão da Justiça Restaurativa, campanha desenvolvida pela entidade.


“Nesse âmbito do combate às prisões desnecessárias ou excessivas, nós firmamos um convênio com a Associação dos Magistrados Brasileiros para divulgarmos no Brasil a Justiça Restaurativa. Este é um avanço muito importante, porque dá ênfase não na punição, mas na reabilitação”, afirmou.


Fonte: Tatiana Damasceno | Ascom/AMB