Dando sequência ao primeiro mutirão carcerário do Estado de Goiás, cujo início se deu ontem (15) em Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal, a comissão de gestão dos réus presos segue daqui a pouco para a comarca de Novo Gama, onde a ação seria realizada amanhã (17). “Pretendemos dar a maior celeridade possível aos trabalhos e por isso decidimos antecipar o mutirão em Novo Gama. Já estamos fechando o balanço de Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto e acreditamos que os resultados finais serão muito positivos”, destacou o juiz corregedor Carlos Magno Rocha da Silva, um dos coordenadores regionais do mutirão. De acordo com o levantamento feito pela Corregedoria-Geral da Justiça, o presídio de Novo Gama possui atualmente 186 presos, sendo 28 no regime fechado e 158 provisórios.
Durante visita feita ontem (15) ao presídio de Águas Lindas de Goiás para contagem física dos presos e averiguação das condições do local, Carlos Magno acompanhado do corregedor-geral da Justiça, desembargador Felipe Batista Cordeiro e o juiz auxiliar da Presidência Wilton Muller Salomão, constatou que apesar de ter sido construído para abrigar 50 presos, atualmente possui o triplo da capacidade. Porém, a superlotação não foi o único problema detectado. Outras dificuldades como precariedade na infraestrutura do estabelecimento carcerário e desrespeito aos direitos humanos foram apontados pelo juiz corregedor. “É justamente para combater essa realidade, comum em inúmeras comarcas do Estado, que o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), a Corregedoria-Geral de Justiça e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão se empenhando nesse mutirão”, afirmou.
Nesta primeira etapa, que se estenderá até o dia 26 deste mês, serão contempladas as comarcas do Entorno Sul de Brasília: Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental, Águas Lindas de Goiás, Luziânia e Novo Gama. Posteriormente, de 17 de agosto a 16 de outubro, o mutirão será realizado nas demais comarcas. A ação também conta com a parceria da OAB-GO, do MP-GO e da Secretaria Estadual de Segurança Pública.