Gilmar Coelho diz que associação não arrefecerá na busca pela democratização do Judiciário
Em entrevista ao jornal O Popular desta terça-feira (11), o presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás, juiz Gilmar Luiz Coelho, comentou sobre as ações da entidade frente ao anúncio, pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, de que a Corte Especial se reúne no dia 19 para escolha de presidente e vice-presidente do TJGO e corregedor-geral de Justiça.
Em nota encaminhada ao jornal, o presidente Gilmar Coelho reforçou a luta da ASMEGO pela democratização do Poder Judiciário. “Uma das principais bandeiras de luta associativa da entidade é a aprovação das mudanças propostas pela ASMEGO no regimento interno do TJGO, o que permitirá que juízes do primeiro grau também possam votar para escolha dos dirigentes do Tribunal”, disse. E continua a nota: “A ASMEGO manifesta sua confiança nos novos dirigentes que conduzirão os destinos do Judiciário goiano nos próximos dois anos, pontuando que, de forma alguma, arrefecerá o movimento pela valorização da magistratura, do 1º grau de jurisdição e, sobretudo em prol das eleições diretas para presidente e vice-presidente do TJGO”, concluiu.
Leia a reportagem publicada pelo jornal O Popular.
Justiça
Dois disputam presidência do TJ
Atual vice e ex-presidente do Judiciário articulam para ter maioria dos votos no próximo dia 19
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) vai realizar as eleições para presidente, vice e corregedor-geral de Justiça no próximo dia 19. A data já havia sido antecipada pela coluna Direito e Justiça, do POPULAR, em 31 de outubro, mas, na ocasião, não foi confirmada pelo presidente do órgão, desembargador Ney Teles de Paula. O desembargador Carlos Escher, vice-presidente do órgão, vai entrar na disputa e deve ter como principal adversário o desembargador e ex-presidente Leobino Valente Chaves. A votação será feita por apenas 36 integrantes da Corte Especial e não terá participação de 334 juízes, contrariando a bandeira nacional pelas eleições diretas no Poder Judiciário.
A possível candidatura de Escher passou a correr nos bastidores nas últimas semanas, ao contrário de Leobino, que vem articulando seu nome desde o primeiro semestre, para voltar ao posto de comando do Judiciário estadual em Goiás. Leobino foi presidente do TJ-GO de 6 de março de 2012 a 1º de fevereiro de 2013, depois de assumir a presidência por causa da aposentadoria do desembargador Vitor Lenza, que morreu no dia 15 de junho deste ano e de quem era vice.
Vitor Lenza foi o último desembargador que assumiu a presidência do TJ-GO pelo critério de antiguidade, tradição rompida com a eleição de Ney Teles. Ao quebrar a lógica histórica de eleições no órgão, o atual presidente do tribunal adiantou seu mandato, após entrar na disputa e derrotar a desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, a mais antiga da casa. À época, os demais integrantes da Corte Especial se articularam em torno do nome de Ney Teles e fizeram vista grossa a Beatriz, principalmente por ela ser do quinto constitucional.
APOIO
De olho na disputa, Leobino chegou a ser motivo de articulação em reunião na casa do desembargador Carlos Alberto França, como divulgou a coluna Direito e Justiça em 31 de agosto. No encontro, 18 dos 20 desembargadores presentes manifestaram apoio ao nome dele. Apesar de a Lei Orgânica da Magistratura (Loman) proibir a reeleição, o ex-presidente não estaria impedido de concorrer já que apenas assumiu um mandato-tampão, sem ser eleito para a gestão de dois anos. Procurado pela reportagem, ele não quis conceder entrevista.
Escher disse que, se eleito, pretende priorizar o primeiro grau, que, reconheceu ele, sofre com o acúmulo de processos. “É onde há maior demanda e aonde o cidadão vai em busca da resolução de seus conflitos, mas nem sempre está sendo bem tratado”, disse ele, em entrevista ao POPULAR, ressaltando que é necessário preencher cargos e varas deficientes, além de garantir maior estrutura de tecnologia a juízes e servidores. Ele admite, além disso, que também é preciso aumentar o número de servidores.
Ao antecipar sua candidatura ao POPULAR, Escher destacou que vai conversar com todos os desembargadores do tribunal, ressaltando os objetivos de candidatura. “Apesar de esta notícia estar saindo agora, em primeira mão, peço desculpas aos demais colegas e falarei com todos os integrantes do tribunal, dando a eles informações sobre a nossa pretensão”, disse.
Associação de juízes pede eleições diretas
A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) e o Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça de Goiás (Sindjustiça-GO) aproveitaram o anúncio das eleições a dirigentes do Judiciário estadual em Goiás para cobrar demandas das categorias. Em nota enviada ao POPULAR, a Asmego lembrou que uma das principais bandeiras da entidade é a aprovação das mudanças no regimento interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), para permitir as eleições diretas no órgão. O Sindjustiça, por sua vez, prometeu entregar projeto de valorização salarial dos servidores ao eleito.
A Asmego informou que a entidade não vai enfraquecer o movimento pela valorização da magistratura do primeiro grau, e, principalmente, em prol das eleições diretas para presidente e vice do TJ-GO, segundo nota.
O presidente do Sindjustiça, Fábio Queiroz, destacou, por outro lado, que a proposta de valorização salarial será submetida à assembleia da categoria no próximo sábado, reforçando a necessidade de o novo presidente encaminhar a proposta ao Legislativo ainda em 2015.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO