Presidentes das entidades foram ao órgão nesta segunda-feira, 6, reafirmar o posicionamento contrário à extinção das zonas eleitorais e apresentar argumentos que sustentam a expansão da Justiça eleitoral no Estado
Os presidentes da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO), juiz Gilmar Luiz Coelho, Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), Benedito Torres Neto e Ordem dos Advogados no Brasil - Seção Goiás (OAB-GO), Enil Henrique de Souza Filho, reuniram-se na tarde desta segunda-feira, 6, com o vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), desembargador Kisleu Dias Maciel Filho, para discutir o rezoneamento eleitoral.
Na ocasião, os dirigentes das entidades reforçaram o descontentamento com a extinção das 26 zonas eleitorais no Estado, prevista na Resolução 23.422/14 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Precisamos estar mais próximos da sociedade e não nos distanciarmos. O fechamento dessas zonas eleitorais nos preocupa muito, pois causará grandes transtornos ao eleitorado", disse o presidente da ASMEGO, juiz Gilmar Luiz Coelho, ao destacar a importância de se criar mais zonas eleitorais em cidades com grande densidade demográfica.
O presidente da OAB-GO, Enil Henquique, ressaltou que o rezoneamento eleitoral afeta muito o trabalho dos advogados, principalmente no interior do Estado. "O trabalho da advocacia acaba sendo dispendioso devido à distância entre o local de trabalho do advogado e a zona eleitoral. Esse deslocamento leva mais tempo e dinheiro. Comungamos do mesmo sentimento da magistratura e do Ministério Público (MP)", disse.
"A corrupção eleitoral aumenta quando não há a presença do juiz e do promotor público nas zonas eleitorais. Percebemos que quanto menor a cidade, maior é o índice de fraudes eleitorais", argumentou o presidente da AGMP, Benedito Torres Neto. Em complemento à fala do colega, o juiz Gilmar Luiz Coelho, citou exemplos de corrupção nas cidades do interior do Estado onde atuou, ressaltando a relevância da presença e atuação dos pares do Poder Judiciário nessas cidades, bem como a permanência das zonas.
Presidente da ASMEGO, juiz Gilmar Luiz Coelho entrega documento sobre o rezoneamento eleitoral ao presidente do TRE-GO, desembargador Walter Carlos
O vice-presidente do TRE-GO, desembargador Kisleu Dias Maciel Filho, deixou claro que não gostaria de prover mudanças nas zonas eleitorais, mas que precisa seguir as determinações do TSE. O desembargador firmou o compromisso de atender as demandas relativas ao assunto e estudar os pleitos das entidades. "Acho legítima a manifestação de cada um. Vou procurar atender a cada uma dentro das nossas possibilidades." Quanto à criação de novas zonas eleitorais, ele sublinhou que é preciso estudar cada caso e se adequar.
O desembargador recebeu o relatório sobre o rezoneamento e as razões elecandas pelas entidades contra a medida. Após a reunião, o documento também foi entregue ao presidente do TRE-GO, desembargador Walter Carlos Lemes, e aos assessores dos juízes da Corte Eleitoral.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO