Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Asmego inova com palestras culturais

O desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga à frente da diretoria cultural da Asmego vem realizando um importante trabalho na implicação e discussão da cultura na magistratura. Nesse contexto, já foram realizadas duas palestras por videoconferência, a primeira com o historiador Nasr Chaul e a segunda com o cineasta e jornalista Lisandro Nogueira.

De acordo com o diretor, a intenção é expandir a visão do direito e integralizar as diversas áreas do conhecimento.

"O propósito dessas videoconferências é fazer com que o magistrado tenha o máximo conhecimento dos segmentos culturais e manifestações do povo, para que os cidadãos recebam uma justiça mais lapidada, melhor trabalhada", acredita.

"Rememoro aqui uma frase do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, quando diz que o magistrado tem a obrigação de saber poesia. A poesia humaniza e, como consequência, o juiz não se torna uma máquina fria para aplicar o direito e achar que fez justiça. Ele precisa atuar compreendendo o resultado da sua decisão, agindo com doses significativas de humanidade", alega.

O desembargador informa que a agenda continua, em agosto. No dia 03, haverá uma palestra com o embaixador Lauro Moreira e o tema "A construção da Lusofonia".

"Pretendemos instalar a estante do magistrado escritor, disponibilizando os vários títulos dos inúmeros colegas que publicaram obras significativas e com um vasto conteúdo intelectual. Tenho certeza que é inacessível aos integrantes da própria magistratura e do público em geral, o propósito é divulgar e disponibilizar essas obras a todos", diz.

O desembargador Itaney Campos que é Presidente da Comissão de Cultura do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás nos contou um pouco que tem acompanhado as palestras e registrou a importância da cultura para modificar e compreender a sociedade. "As videoconferências tem ajudado justamente na amplitude de conhecimentos, no debate, com intercâmbio de ideias e aprimoramento para os juízes", relata.

Segundo Luiz Cláudio, infelizmente ainda não se tem a valorização devida da cultura no Brasil, mas é possível, ao menos em um segmento qualificado, como o da magistratura, integrado por mulheres e homens com grande alcance e importância, fazer e receber discussões e informações sobre o vasto segmento intelectual e cultural. Lembrando "quem só sabe direito, não sabe direito", expõe o diretor ao citar a frase do jurista Uruguaio Eduardo Couture.