Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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ASMEGO intensifica cobrança por medidas de segurança nas comarcas de Goiás

Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

Sem passar por detector de metais, homem entrou armado hoje, no fórum de Itapuranga, executou a mulher, que era servidora terceirizada, e lá mesmo tirou a própria vida 


A implementação efetiva de detectores de metais e controles de acesso nas 129 comarcas do Estado de Goiás foi tema de requerimento enviado, nesta segunda-feira (28), pela Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO), ao presidente do Tribunal de Justiça estadual (TJGO), desembargador Leobino Valente Chaves.


Através do documento, a ASMEGO expõe ao TJGO os riscos aos quais estão suscetíveis, nas comarcas, os magistrados, servidores, advogados, membros do Ministério Público, demais operadores do direito e a população em geral. Pleito da associação, os detectores de metais poderiam ter evitado, hoje, a morte de duas pessoas, no fórum de Itapuranga. Sem ser incomodado, um homem entrou armado naquela unidade e executou a tiros a mulher, funcionária terceirizada do TJGO. Lá mesmo, ele tirou a própria vida.


O juiz de Itapuranga, André Rodrigues Nacagami, após informação de que Antônio, que estava inserido no programa do Conselho Nacional de Justiça de Reinserção Social, havia dito que costumava andar armado, determinou uma busca e apreensão em sua residência, em 28 de agosto. Entretanto, nada foi localizado. No dia 4 de setembro, a vítima, Vanda, queixou-se de ameaças praticada pelo autor dos disparos. Nessa mesma data, após o caso ser levado ao conhecimento da polícia, o juiz André Rodrigues deferiu medidas protetivas em favor da mulher.


Desde 2011, a ASMEGO requer que o Tribunal de Justiça cumpra a Resolução 104/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determina adoção de medidas de segurança para resguardar a integridade de magistrados e demais pessoas nos prédios do Judiciário. Nesse sentido, o TJGO assinou, na gestão anterior à do desembargador Leobino, um contrato com empresa especializada para fazer vigilância e segurança ostensiva e repressiva, armada e desarmada, em 39 comarcas goianas.


No início desse mês, respondendo a pedido feito pela ASMEGO ao TJGO, a Corte estadual declarou que trabalha para contratar serviço de controle de acesso às unidades judiciárias do Estado. A demanda, contemplada no processo nº 5079365/14, de adesão à ata de registro de preços do Tribunal de Contas de Goiás (TCE-GO), não cita a instalação de detectores de metais. A ASMEGO, no entanto, espera que esses aparelhos estejam contemplados no processo de adesão à ata do TCE.


Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO