O juiz Átila Naves Amaral, presidente da ASMEGO e titular do Juizado da Mulher, participou na tarde desta segunda-feira, debate sobre o papel da segurança pública na defesa dos direitos da mulher, realizado no auditório Mauro Borges, no Centro Administrativo Pedro Ludovico Teixeira, de debate sobre o papel da segurança pública na defesa dos direitos da mulher.
O evento faz parte da programação oficial do Mês de Mulher, que está sendo promovida pela Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial, do Governo de Goiás.
Átila destacou que o Juizado da Mulher tem hoje uma estrutura condizente com o número de processos que lá tramitam, em torno de 4.000 feitos. "Combater a violência contra a mulher e assegurar-lhe dignidade é um papel não só do Juizado, mas de todos os segmentos organizados envolvidos. "Temos que trabalhar em conjunto para promover uma verdadeira cultura de paz", destacou o magistrado.
Em suas considerações, o magistrado reiterou a importância da análise do perfil da mulher vitimizada, por meio de um banco de dados informatizado, o que já vem sendo providenciado naquele Juizado, e que será muito útil à Secretaria da Mulher para direcionar suas ações com mais especificidade e eficiência. "Em levantamentos preliminares, apuramos que o índice de reincidência de violência praticada contra a mulher gira em torno de 8% dos casos. Vamos compilar esses dados e trabalhar ações conjuntas, em harmonia com as entidades governamentais e não-governamentais."
Outro ponto defendido por Átila é a instrução, pelo Juizado, dos processos de homicídio, inclusive na forma tentada, em que a mulher é vítima, como forma de priorizar e dinamizar a solução desses casos.
Ao final, a Secretária Estadual de Políticas para Mulheres, Gláucia Maria Teodoro Reis, agradeceu a participação do juiz Átila Naves Amaral, destacando a importância de suas sugestões para as ações que serão desenvolvidas pela Secretaria na defesa da mulher.
Participaram também da mesa redonda de debates a juíza aposentada e advogada Maria Luiza Póvoa Cruz, a Delegada da Mulher, Dra. Karlla Fernandes, e a promotora de Justiça Rubian Corrêa Coutinho.