Ações contra o sistema bancário totalizam cerca de 22% do total das reclamações no Judiciário
Os bancos foram as empresas mais reclamadas nos juizados goianienses entre janeiro e julho de 2015. Segundo balanço do Tribunal de Justiça (TJ-GO), que identificou 3842 processos nesse período, cerca de 845 ações foram protocoladas contra o setor financeiro, seguido de 768 ações contra as operadoras de telefonia. Outras 38 ações foram movidas contra prestadoras de serviço público e outras 17 contra seguradoras. O restante dos processos é de reclamantes de companhias aéreas, lojas e restaurantes.
O motorista Marcelo Fernandes diz que demorou quase cinco anos para resolver seu problema com uma instituição financeira. “Tive meu cartão clonado e pouco tempo depois chegou uma dívida estrondosa que o banco queria que eu pagasse”, relembra. Além de ter o nome restrito no serviço de proteção ao crédito, Marcelo ainda ficou impedido de realizar compras no crediário.
De acordo com o advogado e especialista em direitos do consumidor, Marcos de Oliveira Assunção, a relação entre consumidor e fornecedor não é tão respeitada como deveria. “Enquanto as empresas não adotarem uma posição em direito ao consumidor, quem se sentir lesado está coberto de razão ao procurar a Justiça”, garante.
Ainda segundo o advogado, a maioria dos problemas é resolvida no Procon. Já o consumidor pode procurar o Poder Judiciário quando existem questões indenizatórias.
Acesso facilitado
Com o intuito de evitar que chegue conflitos ao Judiciário que podem ser resolvidos por meios alternativos, Marcos afirma que alguns canais online e presenciais são facilitadores. Ele adverte ainda que é indispensável procurar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa para um primeiro contato e tentativa de resolver a questão. Caso não seja bem sucedido, o consumidor deve buscar seus direitos.
Fonte: Maetheus Lopes (integra o Programa de Estágio entre o Grupo Jaime Câmara e Faculdades Alfa) | Jornal O Popular