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“Chegou a vez do Judiciário também promover a democracia”, diz presidente da ASMEGO ao portal Rota Jurídica



Juiz Gilmar Luiz Coelho Juiz Gilmar Luiz Coelho

Juiz Gilmar Luiz Coelho aborda em entrevista ato que será realizado por magistrados brasileiros em todo o País no dia 31 de março, por eleições diretas no Judiciário


A opinião do presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO), juiz Gilmar Luiz Coelho, sobre a necessidade de alteração no processo de eleição dos presidentes e vices dos Tribunais de Justiça ganhou destaque nessa quinta-feira (20/03), no portal Rota Jurídica. Na entrevista concedida ao veículo de comunicação, o magistrado lembrou que o Judiciário é o último dos poderes que ainda não se ateve para a importância da democracia interna.


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“Considero que não se pode prescindir da participação de nenhum daqueles que integram este poder. Por isso, todos os juízes são importantes neste processo. Cabe aos juízes de 1º grau, também, darem sua contribuição para a melhoria da prestação feita pela Justiça brasileira”, disse juiz Gilmar Luiz Coelho.


Ainda de acordo com o presidente da ASMEGO, a alteração no formato de escolha dos presidentes dos Tribunais seria uma mudança que mexeria profundamente com o Poder Judiciário e o deixaria ainda mais democrático. “Hoje, há pouca possibilidade de participação dos magistrados do 1º grau nas decisões para esta instância”, lembrou o juiz, destacando, ainda, que é nessa instância que estão os maiores gargalos: sobrecarga de trabalho; deficiências estruturais; tecnológicas; de pessoal; de segurança etc.


Melhoria geral


Na entrevista, o presidente da ASMEGO disse ainda acreditar que não há condições de garantir melhorias significativas na prestação da Justiça se não for por mudanças reais no 1º grau. “O juiz que está lá na ponta é, muitas vezes, o último refúgio de uma população carente de quase tudo. Dar a esta estrutura melhores condições de trabalho é uma obrigação de um dirigente do Judiciário. E a participação dos juízes de 1º grau nas eleições para presidentes e vice-presidentes demonstrará esta necessidade na prática”, completou.


A reportagem lembrou que o Executivo iniciou seu processo de redemocratização, mediante eleições diretas para presidente da República, governadores e prefeitos. Depois, promoveu-se a redemocratização do Legislativo. “É preciso dar a oportunidade de todos os juízes escolherem o desembargador que apresente propostas exequíveis, plano estratégico que também possibilite os juízes discutirem orçamento e prioridades, fazendo uma gestão compartilhada com os demais membros do Poder Judiciário”, acrescenta o magistrado.


Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO. Texto: jornalista Victor Hugo de Araújo (com informações do portal Rota Jurídica)