Goianos unidos: Magistrados e membros do Ministério Público
O dia 1º de fevereiro foi mais um capítulo decisivo na luta por valorização da Magistratura e contra a Reforma da Previdência. Liderados pelo presidente reempossado Wilton Müller Salomão, a ASMEGO marcou presença com comitiva de juízes que atenderam ao chamado, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), e participaram do dia de mobilização. Também integrou a comitiva, o 2º vice-presidente da ASMEGO, juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, entre outros magistrados.
A primeira importante atividade foi o encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, na própria Corte para a entrega de carta, assinada pela AMB, em que a Magistratura solicita medidas para valorização da carreira. O presidente Wilton Müller Salomão participou da entrega, liderada pelo juiz Jayme de Oliveira, que preside a AMB, e contou também com a participação de presidentes de associações de todo país. Ao todo, 18 mil magistrados assinaram a carta, segundo informado pela Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj). A ministra se comprometeu a analisar o documento. Pela manhã, lideranças da Frentas haviam entregado o documento também à procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Para o presidente da ASMEGO, Wilton Müller Salomão, foi um importante momento de união. "Nesta data, lutamos para fazer valer nossos direitos, solicitando o respeito e a garantia das prerregotivas, bem como a garantia da aposentadoria. Essa reforma da previdência é um desmonte e aponta os servidores públicos como os culpados pela má gestão e a incompetência administrativa, que acabou afugentando e dispensando créditos que poderiam ter sido buscados nas empresas devedoras do sistema", afirmou o magistrado.
Confira, no vídeo abaixo, a avaliação do presidente Wilton Müller sobre o ato nacional.
Após o momento no Supremo Tribunal Federal (STF), os magistrados e membros do Ministério Público seguiram para o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, que ficou lotado com os participantes. Lá o presidente da AMB, Jayme de Oliveira, alertou pela reação orquestrada contra o Judiciário, que coloca em risco as prerrogativas dos magistrados. “Estão tentando intimidar a Magistratura e o MP. Não o farão! Esse agigantamento das nossas atividades gerou reação. Não adianta, vamos trabalhar e dialogar com todos os segmentos, mas não vamos arredar pé das nossas garantias”, disse o presidente da AMB.
Assista, abaixo, comentário do presidente da AMB, Jayme de Oliveira, sobre o encontro com a ministra Cármen Lúcia e sobre o engajamento da Magistratura goiana.
Juiz Átila Naves Amaral, secretário-geral da AMB e ex-presidente da ASMEGO
Atual secretário-geral da AMB e ex-presidente da ASMEGO, o juiz Átila Naves Amaral, também esteve presente integrando a comitiva goiana. "Hoje temos visto o Brasil ser passado a limpo pelo trabalho da Magistratura e Ministério Público. Os juízes têm incomodado muito mais pelos nossos méritos do que pelos nossos defeitos", disse. Ele ainda complementou que há a possibilidade de negociação do Governo com ajustes pontuais na reforma demandados por categorias de servidores públicos. "Uma das questões é a transição para aqueles que já estão na Magistratura antes de 2003 e já tiveram esse direito previsto na Emenda Constitucional 41, em 2003. Urge a necessidade de garantirmos uma regra de transição para aqueles que estão perto de aposentar", exemplificou. Também da AMB, o juiz Paulo César Alves das Neves, vice-presidente da pasta de Políticas Remuneratórias foi ao ato com a comitiva goiana. O ex-presidente Gilmar Luiz Coelho também esteve no ato ao lado de demais colegas magistrados.
Das entidades nacionais, participaram do ato: Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM).
Parlamentares
Na ocasião do ato no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, parlamentares também discursaram. Confira algumas manifestações:
"Sou contra o texto como está, e é com diálogo e conversa que defendemos que os direitos conquistados têm que ser respeitados. A gente só vence as batalhas com diálogo". Deputado Fábio Ramalho, vice-presidente da Câmara dos Deputados
"O atual texto nasceu totalmente errado. Fiz um apelo ao presidente Temer. Estou preocupado em fazer um texto justo. Essa campanha do governo contra o servidor, coloca o brasileiro contra o brasileiro. Texto errático no momento errado". Deputado federal, Rogério Rosso
Confira, abaixo, o álbum de fotos.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO | Mediato Multiagência. Fotos: Luciana Lombardi