Isso porque nas sentenças que as partes recebem com a linguagem jurídica, são informações que nem todas as vezes são 100% compreensíveis a quem não tem o conhecimento do Direito. Ao contrário, ao receberem um resumo ilustrado, com uma linguagem mais simples e acessível, a própria parte consegue por si mesma entender o que o Judiciário entregou a ela naquela sentença. E é dessa forma que nós podemos observar que a sensação de alcance da Justiça torna-se diferente, pois a parte entende que, de fato, conquistou o seu processo.
Quais as vantagens de se ter um Poder Judiciário mais acessível ao cidadão?
Um Poder Judiciário mais acessível ao cidadão reflete diretamente no índice de satisfação das partes e dos advogados. Só é possível se atribuir valor ao que se entende. Informações truncadas e que não permitem uma compreensão acabam sendo sinônimo de insatisfação; uma vez que não é possível se aprovar algo que não se sabe o significado.
Muitos magistrados desenvolvem projetos de cunho social que têm transformado para melhor a vida de comunidades. Como enxerga esse papel de responsabilidade social que os magistrados assumem?
Cada vez mais os magistrados estão atentos e sensíveis aos anseios dos jurisdicionados, e não somente em relação à matéria que foi posta à apreciação jurisdicional, mas também aos valores e ao que se é importante para a vida daquela parte como cidadão. E nesse sentido, vários projetos surgem por iniciativa de juízes de todo o Brasil, a fim de que o público atendido por determinada vara possa não só buscar a prestação jurisdicional, mas também a satisfação de outras necessidades que não apenas as de cunho jurídico. E isso demonstra engajamento da magistratura com questões de relevância social que permeiam a vida do nosso público, que são as partes e os advogados. E todo esse cenário configura o que hoje chamamos de Justiça 4.0, que é aquela da acessibilidade, da inclusão digital e da eliminação de fronteiras entre os juízes e todos os operadores do Direito.