Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Diretoria de Cultura convida para concertos da Orquestra Filarmônica de Goiás

A Orquestra Filarmônica de Goiás apresenta dois concertos sob a regência do maestro Laércio Diniz e solos do fagotista Fábio Cury. As apresentações fazem parte da Série “Concertos para a Juventude”, que acontece no Palácio da Música Belkiss Spenzièri, do Centro Cultural Oscar Niemeyer, no dia 26 de agosto, domingo, a partir das 11 horas; e da Série “Grandes Solistas”, no Teatro SESI, no dia 28 de agosto, às 20h30. No programa, obras de Haendel, Vivaldi, Mozart e Villa-Lobos. A entrada é franca.


A apresentação no dia 26 de agosto conta com a parceria da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO). O diretor de Cultura da ASMEGO, desembargador Itaney Campos, convida os associados e seus familiares para prestigiar o evento musical. É o próprio desembargador que escreve, em texto publicado na íntegra aqui no site, sobre a qualidade da programação deste concerto e sobre demais eventos culturais previstos no CCON (veja aqui o programa completo da Temporada 2012). "Trata-se de espetáculo de primeira grandeza, de alta qualidade. Como se sabe, os regentes gozam de conceito nacional e internacional e o repertório é dos mais clássicos da música universal", frisa o diretor. Confira.


ASMEGO recepciona a grande música universal


Itaney F.Campos


A Diretoria cultural da ASMEGO insta os associados a prestigiarem os eventos artísticos que se realizam em nossa capital, no decorrer deste ano de 2012. Quem observar o calendário da programação artística haverá de concordar que já não cabe repetir o velho bordão de que na cidade não se realizam eventos culturais de alto nível. A programação agendada pelas entidades estatais de promoção cultural evidencia a mudança qualitativa no padrão de entretenimento da sociedade goianiense.


A Orquestra Filarmônica de Goiás, com sede no Centro Cultural Oscar Niemeyer, vem apresentando a série Grandes Solistas, com um concerto mensal, destacando grandes nomes da música erudita nacional e internacional. A série desenvolve-se com uma programação que contempla obras do repertório sinfônico e camerístico, abrangendo músicas dos períodos barroco, clássico, romântico, moderno e contemporâneo, com destaque para música brasileira, sob a regência dos maestros Alessandro Borgomanero e Eliseu Ferreira, além de convidados como os paulistas Laércio Diniz e o inglês Neil Thomson, ambos de renome nacional e internacional. Merece referência também o regente Angelo Dias, da UFG.


Na série Concertos para a Juventude, a Orquestra apresentará, no dia 26 de agosto em curso, às 11 horas, no Palácio da Música, do Centro Cultural Oscar Niemeyer, um repertório de primeira grandeza, que se iniciará com a abertura da ópera Idomeneo”, de Amadeus Mozart, seguida pelo Concerto para Fagote e Cordas, em Mi menor, de Antonio Vivaldi, e Sinfonia n. 3, em Sol menor, Escocesa”, de Mendelssohn.


De Mozart já se disse que foi a maior força criadora da música de todos os tempos. Vivaldi, o ruivo padre italiano, autor de centenas de composições, inclusive a conhecida As Quatro Estações, marca as suas composições pela alegria, brilho e inovações, enquanto que o alemão Mendelssohn, um prodígio da música universal, que aos treze anos compôs os primeiros concertos, testemunha em sua obra a tensão  entre a música de tradição clássica e a estética romântica, no dizer do crítico Ruy Campos Leitão.


Idomeneo narra a história do rei do mesmo nome, que, após participar da Guerra de Tróia, voltava à ilha de Creta, onde deixara, ainda menino, o filho Idamante. No curso da viagem, prestes a naufragar no mar revolto, promete ao Deus Netuno sacrificar, ao chegar à sua ilha, a primeira criatura viva que encontrasse na praia.  Por infelicidade, é o filho, já adulto, que vem recepcioná-lo. Ao recusar-se a cumprir a promessa feita e ordenar que o filho partisse em longa viagem, o Rei provoca a fúria de Netuno, que faz surgir um grande monstro, que impede a partida do navio. Grandes tragédias abatem-se sobre a ilha. A população, apavorada, e o Grande Sacerdote exigem o sacrifício do príncipe, como forma de salvar o reino.  Ao final, com a morte do monstro, o deus Netuno exige que Idomeneo renuncie ao trono, em favor do filho, e que este se case com a princesa troiana, Ilia, que era, até então, prisioneira na ilha de Creta, mas que amava Idamante. A rival Electra inflama-se de inveja, mas a paz volta a reinar em Creta.
A apresentação se limitará à abertura da Ópera, naturalmente, mas prenuncia a beleza e a magnitude da ópera mozartiana.


A Magistratura goiana terá lugar especial nesse grandioso evento, no Palácio da Música. O objetivo das Diretorias Cultural e Social é incentivar o comparecimento em massa,  como forma de demonstrar a grande importância que os magistrados atribuem às manifestações de natureza artística, fator de crescimento cultural da sociedade, além de constituir-se em forma elevada de lazer. Nesse mister acha-se empenhada a presidência da ASMEGO, apoiando a ação dos diretores da área cultural e social da associação.


No dia 9 de dezembro, também no Palácio da Música, a OSG apresentará, com o Coro de Câmara da EMAC-UFG, sob a regência do maestro Angelo Dias, o Oratório “O Messias”, de Georg Friedrich Haendel., uma peça musical da qual já se disse que é capaz de nos transportar aos portais do Paraíso. Para o teólogo e musicólogo Ney Brasil Pereira, essa grandiosa obra musical expressa os três momentos do mistério do Messias: “1. Seu anúncio e sua vinda, culminando no Natal, e na doçura da sua presença e ensinamento; 2. Sua paixão, anunciada por João Batista e profetizada por Isaías, que expressa a obstinação humana em rejeitá-lo, mas culminando no famoso Aleluia, que proclama o domínio supremo de Deus e do seu Cristo; 3. Sua ressurreição e triunfo, começando com a ária que canta a certeza da vitória sobre a morte, até os coros finais do Digno é o Cordeiro e do magnífico AMÉM conclusivo.”


O Messias é, inquestionavelmente, uma das obras primas do repertório da música erudita mundial.


Itaney Francisco Campos é desembargador do TJGO e diretor de Cultura da ASMEGO