Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Eleições Diretas nos Tribunais e patrocínio de eventos marcam reuniões da AMB

Trabalhar intensamente pela aprovação da PEC das eleições diretas para Presidente de Tribunais, no Congresso Nacional. Esta foi uma das principais propostas aprovadas pelas reuniões da Coordenadoria da Justiça Estadual e do Conselho de Representantes, realizadas na manhã desta quinta-feira (dia 19), em Brasília.


O Presidente Nelson Calandra fez um balanço da atuação da AMB desencadeada com este objetivo, no dia 14 de março, no Senado e na Câmara, e que gerou PEC que tramita nas respectivas Casas. “Este também é um assunto que nos atormenta, porque falta essa democratização nos Tribunais, e que, sem ela, temos inúmeros problemas para todo o Poder Judiciário”, advertiu Calandra, que ainda destacou a crescente relação da AMB com a Frente Parlamentar Mista para o Aperfeiçoamento da Justiça Brasileira.


Na quarta (18), em parceria com a AMB, a Frente Parlamentar organizou seu primeiro seminário, na Câmara dos Deputados, no qual valorizou e divulgou práticas jurídicas inovadoras, algumas delas premiadas pelo Prêmio Innovare.


O tema eleições diretas também dominou a reunião da Coordenadoria da Justiça Estadual da AMB, ocorrida momentos antes da do Conselho de Representantes. “Estamos empenhado que esse projeto tenha prioridade no Congresso Nacional, porque e um desejo da ampla maioria da Magistratura, além do que a AMB o defende há muito tempo e vai trabalhar para ter uma resposta mais rápida no Congresso”, confirmou o Coordenador da Justiça Estadual, Walter Pereira.


De acordo com ele, ao contrário do que dizem os críticos, o projeto só tem pontos positivos. “O discurso de que isso vai politizar a Magistratura é inconsistente, porque a Magistratura já é bastante politizada. Ele vai possibilitar que a escolha seja pautada pela condição de competência, do bom exercício da administração, com resultados imediatos para toda a sociedade. Administração séria, transparente, voltada para os problemas da Magistratura e para o exercício rápido da jurisdição, a melhora da prestação jurisdicional. Então, o Presidente de Tribunal, além de pensar na estrutura do poder, do funcionamento do poder, tem que pensar que é preciso funcionar bem para prestar um bom serviço”, defendeu Walter Pereira.


A maioria absoluta das Associações Estaduais referendou a posição da AMB em manifesto entregue na véspera à Frente Parlamentar Mista, durante o seminário realizado no dia 18. Como o projeto está em fase de coleta de assinaturas na Câmara, será encaminhado às entidades o formulário para que cada Associação faça coleta dos Parlamentares de seus respectivos Estados.


Além da campanha de valorização da Magistratura, a Diretoria Executiva da AMB e os Presidentes de Associações Estaduais discutiram intensamente a proposta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Consulta Pública nº 006 235.27.2011.2.00.0000, de regular a adoção de patrocínio em eventos científicos e culturais da Magistratura e Associações.


Foi comunicada a criação de comissão, no âmbito da AMB, com o objetivo de compilar argumentos contrários à edição de resolução pelo CNJ, cujas minutas conhecidas tenderiam a inviabilizar toda e qualquer evento associativo. A AMB é favorável ao patrocínio privado de eventos da Magistratura, desde que sejam obedecidos princípios de ética e transparência na construção e realização do evento, de caráter científico, não apenas de lazer.


“Estamos nos empenhando em mostrar ao CNJ que a Magistratura, muito mais que participar de eventos de lazer, trata de assuntos do Judiciário, de legislação e, por consequência, de assuntos que interessam a toda a sociedade”, disse Walter Pereira, confirmando que a AMB rejeita a proposta feita anteriormente pelo CNJ e irá oferecer ao Conselho um trabalho que alcance o objetivo disciplinar a questão do patrocínio, mas sem inviabilizar as atividades de uma entidade privada que é a Associação.


Foi discutida ainda a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Ceará sobre a criação do Fundo de Segurança de Magistrados e ficou acordado que a Associação dos Magistrados do Ceará encaminhará à Coordenadoria da Justiça Estadual cópias do processo administrativo que culminou, naquele Estado, com a criação do fundo de segurança, para divulgação, análise e eventual debate pelos representantes das demais associações.