Na edição de 25 de agosto último do jornal O Popular, o leitor Lindolfo de Magalhães Dias, de Goiânia, comenta sobre o importante papel do magistrado para o cumprimento da justiça. Em seu texto, o leitor comenta artigo publicado no mesmo veículo pelo juiz de Direito Jesseir Coelho de Alcântara – disponibilizado na seção de artigos aqui no site da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO).Confira a carta do leitor:
Amor à justiça
O juiz de Direito, por definição, é um magistrado encarregado de administrar justiça. Não existe entre os homens função mais delicada, importante e de tão grande responsabilidade do que alguém julgar um seu semelhante. Uma sentença pode mudar uma vida, a vida de uma família e, não raro, até mesmo a vida de uma comunidade. Daí o caráter sagrado de sua missão.
É real o fato de que, mais do que ter um cargo, o juiz de Direito ostenta um encargo, que envolve não apenas as obrigações de um emprego, mas um ministério que pode ser reputado como sagrado, pelas peculiaridades a que está afeto. O eminente juiz de Direito Jesseir Coelho de Alcântara abriu sua alma num memorável texto, publicado dia 14 de agosto no POPULAR. E o que ele mostrou para a sociedade foi algo muito bonito, animador.
Num mundo marcado pela violência e desamor, chega a ser comovente uma como que confissão e mesmo desabafo seu, mostrando ser o seu autor um homem simples, sincero e desapaixonado pela elevada condição que ostenta. E o mais importante é que seu texto é impactante, inspirando confiança e impondo-se como verdadeiro.
Ao falar sobre o inalienável direito de ser uma pessoa normal, ele não se omitiu da quase insuportável condição e responsabilidade de estar alçado àquela condição de julgador. Muitas vezes, como afirma, o juiz é um solitário e um ermitão, o que é verdade, podendo chegar ao extremo de ter de renunciar a quase tudo, por amor à justiça, como faz o juiz federal Odilon de Oliveira.
Uma escritora americana observou com sabedoria: “Todos quantos executam as leis, devem ser observadores das mesmas. Cumpre-lhes serem homens (e mulheres) de domínio próprio. Precisam ter inteiro controle sobre suas faculdades físicas, mentais e morais, a fim de possuírem vigor intelectual e elevado senso de justiça” (Ellen G. White –O Desejado de Todas as Nações, página 222).
Ao escrever como uma homenagem a ele e outros tais que exercem com dignidade o pesado fardo da magistratura, sinto-me privilegiado por compartilhar o seu pensamento, sentimento e desejo, acrescentando aos textos bíblicos invocados em sua opinião publicada, para seu incentivo e conforto, as palavras proferidas por Jesus Cristo: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5:6).
Sendo um exemplo para os seus pares, o magistrado certamente em sua vida sempre terá mais motivos e momentos de riso do que de choro; de sorrisos do que de pranto e de verdadeira alegria do que de tristeza. (Lindolfo de Magalhães Dias – Setor Central – Goiânia)