A respeito da reportagem “Judiciário goiano é o mais caro do País, diz CNJ”, publicada na edição desta sexta-feira (21), do jornal O Popular, como presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO), venho reforçar que dados apresentados sobre a remuneração dos magistrados goianos condizem apenas com um recorte superficial que retratam apenas 2015, um ano em que o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) quitou parcela significativa de valores indenizatórios devidos há muitos anos aos juízes mais antigos. A maioria dos magistrados recebe os vencimentos, previstos em lei, sem qualquer aditivo. Informo também que há quase uma década, a classe se vê sem reajustes reais na remuneração, causando perdas acumuladas e desvalorização da carreira. Sobre a produtividade, também esclareço que, pelo terceiro ano consecutivo, os juízes de Goiás estão entre os três mais produtivos do Brasil, considerando os tribunais de médio porte. A produtividade se mantém alta mesmo diante do déficit de magistrados, da falta de condições estruturais e de segurança, que culminam em situações como o incêndio do Fórum de Goiatuba.
Wilton Müller Salomão
Presidente da ASMEGO