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Gilberto Marques Filho toma posse como corregedor-geral da Justiça

O desembargador Gilberto Marques Filho tomou posse na manhã desta quarta-feira (3) no cargo de corregedor-geral de Justiça, sucedendo o desembargador Felipe Batista Cordeiro, que não pôde cumprir seu mandato até fevereiro de 2011, em razão de sua aposentadoria. A solenidade, ocorreu no gabinete da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO) e contou com a presença do presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), Paulo Teles; vice-presidente, Vítor Barboza Lenza; juízes auxiliares da CGJGO, Carlos Magno Rocha da Silva, Márcio de Castro Molinari e Wilson Safatle Faiad; servidores da CGJGO e, ainda, magistrados, amigos e familiares do novo corregedor.


O nome de Gilberto Marques para o exercício do cargo foi decidido na Côrte Especial do TJGO, em sessão presidida por Paulo Teles e ocorrida em 13 de setembro. De acordo com o termo de posse assinado hoje, o desembargador deverá se manter na função até 31 de janeiro de 2011. Após a assinatura do termo, foi entregue um ramalhete de flores à mulher do corregedor-geral da Justiça, Rubinéia Ávila Marques e, a seguir, dada palavra a Felipe Batista.


O desembargador iniciou seu discurso recordando-se que, em 1976, quando respondia pela comarca de Arraias, transmitiu o cargo ao “então jovem Gilberto Marques Filho”. Dizendo-se feliz com a coincidência de estar, 34 anos depois, novamente transmitindo um cargo ao agora desembargador, Felipe Batista afirmou sua certeza de que, sob a condução de Gilberto Marques, a CGJGO seguirá realizando excelente trabalho. “Por seu passado e comportamento, sei que fará frente aos desafios que atualmente se impõem a uma corregedoria, sobretudo pela ação enérgica do Conselho Nacional de Justiça”, observou. Felipe Batista aproveitou a oportunidade para agradecer à equipe da CGJGO. “Todos profissionais qualificados, competentes. Não houve um único dia em que eu tivesse me aborrecido por qualquer má conduta dos servidores da Corregedoria”, salientou, reportando-se, também, a Paulo Teles. “Você marcou de forma indelével a história do Poder Judiciário goiano, sobretudo no que se refere à aproximação com a comunidade”, destacou, também agradecendo ao presidente pelo apoio “irrestrito” a todas as ações e projetos da CGJGO durante sua gestão.


Grato pela deferência de seu antecessor, Gilberto Marques foi breve em suas palavras. Lembrou estar na CGJGO “de passagem” e afirmou seu compromisso de realizar o trabalho da melhor forma possível. “Meu foco vai ser na orientação, não na punição. Esta, só em último caso, pois acredito que é mais produtivo e menos traumático resolver os problemas pela via do acordo, da conciliação, do entendimento”, ponderou, posteriormente, em entrevista à imprensa.


Referindo-se ao agradecimento feito por Felipe Batista, Paulo Teles, ao iniciar seu discurso, disse que era o “Tribunal, a presidência do TJGO, que tem de agradecê-lo pela conduta firme e permanente, ações grandiosas e boas práticas”. Quanto a Gilberto Marques, disse de sua vocação para juiz. “Trata-se de alguém que nasceu em família de posses e que optou pela magistratura em uma época em que não havia bons salários, tampouco estrutura de trabalho, mas que assim o fez porque é um vocacionado”, observou. O presidente do TJGO também lembrou o fato de Gilberto Marques ter aceitado substituir Felipe Batista de forma emergencial. “Substituir aquele que deu demonstração de capacidade e competência não é tarefa fácil, e o Gilberto Marques o fez de bom grado, por isso o parabenizo nesta oportunidade”, comentou.


Natural de Buriti Alegre, o novo corregedor-geral da Justiça tem 59 anos, 34 deles dedicados à judicatura. Formado em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Gilberto Marques iniciou-se na magistratura em 1976, tendo passado pelas comarcas de Arraias (juiz adjunto), Ivolândia (promoção), Guapó (remoção) e Trindade (promoção) até ser promovido para Goiânia em 30 de abril de 1987, pelo critério de antiguidade. Em 1º de junho de 1990 foi removido para o cargo de juiz da Infância e da Juventude de Goiânia. Também atuou na 4ª Vara de Família, Sucessões e Cível de Goiânia e exerceu a função de diretor do Foro da capital por duas vezes durante a gestão dos desembargadores Homero Sabino de Freitas e Byron Seabra Guimarães, ex-presidentes do TJGO.