Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Implantação do Justiça Teraupêtica no interior é discutida em Workshop


O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio do Programa Justiça Terapêutica, realizou na manhã desta sexta-feira (1°) um workshop voltado para magistrados que atuam na área criminal no Estado de Goiás. A intenção é motivar os juízes, principalmente os que trabalham nas comarcas do interior, a implantarem o programa.


Atualmente, além de Goiânia, apenas cinco comarcas aderiram ao projeto. Segundo a coordenadora-geral e idealizadora do projeto, juíza Maria Umbelina Zorzetti, a iniciativa faz parte de uma séria de atividades desenvolvidas pelo Justiça Terapêutica que tem mais de dois anos na capital. “Em Goiânia, que é a comarca piloto, o programa é um sucesso e já são cerca de 700 beneficiários atendidos. Os juízes, tanto os das varas criminais como os dos juizados, também aderiram ao Justiça Terapêutica”, frisou.


De acordo com a magistrada, a implantação do programa no interior é um desafio e precisa do empenho do juiz. “Muitas vezes os fóruns ficam esperando recursos do Tribunal. No início há dificuldades, mas é necessário que o juiz compreenda que no final ele ganhará”, destacou. Para Umbelina Zorzetti, o problema das drogas é de todos e “nós do Judiciário acreditamos que se auxiliarmos nesta luta teremos menos crimes, menos processos”. Ela acredita ainda que com o sucesso da iniciativa em Goiânia, não há dúvidas que também no interior se repetirá.


Durante o workshop, além da apresentação dos projetos em andamento e de algumas parcerias aos magistrados, também foi feita a apresentação do Justiça Terapêutica. O juiz Everton Pereira Santos, do 1° Juizado Cível e Criminal da comarca de Catalão, parabenizou a equipe do programa pelo evento e lembrou que desde a primeira vez que teve contato com o projeto acreditou nele. “Levarei a ideia para minha comarca e implantarei lá”, pontuou. De acordo com ele, o juiz tem uma função social e pode ajudar quem precisa por meio de um tratamento já que não somos meros aplicadores de punições”.


Thayssa Moiana, coordenadora técnica do programa, destacou que o Justiça Terapêutica representa o trabalho dos operadores do Direito e dos profissionais de saúde que atuam para oferecer uma perspectiva de vida e de cidadania justa aos infratores que estejam envolvidos com drogas. “Esperamos que com a iniciativa e a motivação de cada magistrado as demais comarcas de Goiás também passem a adotar o projeto”, finalizou.