Ampliação do quadro de servidores e juízes foi um dos compromissos do novo presidente ressaltado pela reportagem
A edição desta segunda-feira (2) do jornal O Popular traz em destaque os compromissos assumidos pelo novo presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), desembargador Leobino Valente Chaves, empossado ontem. Dentre eles, o de ampliar o quadro de juízes no Estado, reduzindo, assim, o alto déficit de magistrados em Goiás. Embora tenha manifestado preocupação com as dificuldades de ordem orçamentária enfrentadas pelo órgão, o novo presidente enfatizou a necessária valorização dos recursos humanos do TJGO como sendo determinante à melhoria da prestação jurisdicional.
Leia a íntegra da reportagem de cobertura da posse dos novos dirigentes do TJGO pelo jornal O Popular.
Presidente toma posse com missão de ampliar quadro
Desembargador Leobino Valente assume com discurso de diálogo e de maior agilidade de processos
O desembargador Leobino Valente Chaves assumiu a presidência do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) com a missão de ampliar o número de servidores da Justiça, em especial de juízes, para melhorar a prestação de serviços judiciários no Estado. Em solenidade ocorrida ontem de manhã no Plenário do TJ-GO, o novo presidente destacou que esse será o principal desafio de sua gestão. “Teremos que enfrentar as necessidades de ampliação de quadros com orçamento baixo. Para isso, teremos que ser criativos para alcançar resultados positivos”.
A posse, que estava marcada para 11 horas, começou com cerca de 40 minutos de atraso e muita gente em pé. Após a missa celebrada pelo bispo emérito de Uruaçu, Dom José Silva Chaves, iniciada às 10 horas, o auditório do tribunal ficou lotado. Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), Sebastião Macalé ressaltou as características do desembargador que assume a presidência até 2017. “Leobino chegou aqui pelo critério do merecimento. A advocacia será sempre uma parceira das boas e necessárias soluções”.
Leobino foi eleito em novembro de 2014 e assumiu no lugar do desembargador Ney Teles de Paula. O novo presidente já comandou o judiciário por quase um ano. Na gestão de 2011, o desembargador Leobino Valente Chaves tomou posse como vice-presidente do tribunal, assumindo a presidência para o período de março de 2012 a janeiro de 2013. Essa é a primeira vez que um ex-presidente assume novo mandato. Mas Leobino fez questão de frisar que isso foi possível porque o primeiro mandato teve período menor que um ano.
Atualmente, 36 desembargadores e 332 juízes, além de servidores, estagiários e profissionais terceirizados atuam na sede do TJ-GO e em 129 comarcas instaladas em Goiás. Foi destacado no evento que o TJ-GO foi destaque nacional no índice de produtividade da Meta 1, o que está comprovado no Relatório Justiça em Números 2014, divulgado em setembro do ano passado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa meta trata de julgar quantidade maior de processos de conhecimento do que os distribuídos no ano.
Em 2014, o CNJ também apontou Goiás como referência na meta 3. Essa meta estabelece aos poderes judiciários estaduais a aplicação de parâmetros objetivos de distribuição da força de trabalho, vinculados à demanda de processos, com garantia de estrutura mínima das unidades da área-fim. Os desembargadores João Waldeck Félix de Sousa e Gilberto Marques Filho foram empossados como vice-presidente e corregedor-geral de Justiça, respectivamente.
Fazer muito com pouco é desafio apontado por desembargador
Presidente do TJ-GO, Leobino Valente disse que a valorização do magistrado é um compromisso. O desembargador aponta que o reconhecimento é fundamental para se ter uma prestação jurisdicional adequada. “Com base na primeira experiência como presidente, sei que uma situação que está verdadeiramente estrangulada é a rapidez da realização da prestação jurisdicional. Vamos tentar ver se minimiza isso, através de medidas que teremos que inventar, criar para poder fazer”.
O presidente destacou que não é só o setor judiciário que enfrenta problemas econômicos e financeiros, mas que é notório que toda a sociedade enfrenta essa situação. “É preciso crescer o número de juízes e de servidores. Para isso temos despesa e tendo despesa, já temos dificuldade. Mas vamos trabalhar em conjunto com outros poderes para tentar resolver aquilo que é o povo anseia, que é a prestação jurisdicional rápida. É a nossa bandeira, assim como a valorização humana”. O desembargador disse que tentará desenvolver a prestação jurisdicional o mais rápido possível, e da melhor maneira.
Entre os desafios, o presidente diz que terá que fazer muito com pouco. “Se não conseguirmos fazer mais, temos que fazer pelo menos igual, o maior desafio é enfrentar essas necessidades de ampliação de quadros com orçamento baixo. Trabalhar na opulência é fácil, mas na dificuldade é difícil, mas nós temos que fazer uma espécie de alquimia para ver se conseguimos resultados.”
Sobre a relação com os servidores, ele pretende manter o diálogo, como na primeira vez à frente do tribunal. “Diálogo resolve tudo, mas tem que ter sintonia dos dois lados. Tem que haver concessões. Não é só exigir da administração uma resposta. É preciso dar resposta para a administração também.”
Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO e jornal O Popular