Em ofício enviado ao governador Marconi Perillo, a magistrada solicitação pavimentação asfáltica do trecho entre Faina e Araras, onde vivem os pacientes
Foi destaque no jornal O Popular desta quinta-feira (18), a ação da juíza da Cidade de Goiás, Alessandra Gontijo do Amaral, de requerer, ao governador Marconi Perillo, pavimentação asfáltica para o trecho entre Faina e o Povoado do Recanto das Araras, onde vive a maior comunidade, em todo o mundo, de pessoas portadoras de xeroderma pigmentoso. A doença, genética, atinge a pele desses pacientes, tornando-a extremamente sensível.
Alessandra Gontijo, que acompanha de perto a situação da comunidade, baseia o pedido na Lei da Acessibilidade, a qual obriga o Estado a garantir infraestrutura de acesso físico a pessoas com deficiência.
Leia, abaixo, a íntegra da reportagem.
Juíza quer obra para comunidade
A juíza Alessandra Gontijo do Amaral, da Comarca da Cidade de Goiás, solicitou ao governo do Estado a inclusão a pavimentação da rodovia GO-456, no trecho de Faina-GO ao Povoado do Recanto das Araras. É lá onde vive uma comunidade com a mais alta taxa mundial de incidência de xeroderma pigmentoso (XP), uma doença genética incurável.
Em ofício enviado ao governador Marconi Perillo, Alessandra pede a inclusão da obra no projeto de Orçamento do Estado para 2016, a ser enviado à Assembleia Legislativa. No documento, a magistrada sustenta que a legislação, notadamente a Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, conhecida como Lei da Acessibilidade, obriga o poder público a garantir os acessos físicos aos portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida, como é o caso dos pacientes da doença de XP.
As vias de acesso a Araras estão em situação bastante precária, o que, segundo moradores, dificulta bastante os deslocamentos dos portadores que recebem, semanalmente, atendimento médico especializado em hospitais na capital.
A juíza esteve em Araras no dia 7 de fevereiro deste ano e conheceu os problemas da comunidade. Ela também visitou o paciente Djalma Antônio Jardim, que morreu em 27 de abril passado, como divulgou o site do POPULAR no mesmo dia, após realizar mais de 50 cirurgias, desde que teve o diagnóstico de XP aos 7 anos de idade.
A presidente da Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (Abraxp), Gleice Machado, relata que a região onde moram as pessoas com a doença não tem pavimentação asfáltica e as estradas que fazem ligação até a sede de Faina e à rodovia GO-070, nas proximidades de Matrinchã, também são de terra e estão em péssimas condições. Segundo ela, Araras está praticamente isolada desde 2013, quando sete pontes da estrada até Faina caíram e apenas uma delas foi reconstruída. A ponte sobre o Ribeirão São Félix, na divisa Faina-Matrinchã, pela rodovia também não pavimentada GO-456 caiu há mais de 3 anos. A situação, conforme disse, é de calamidade pública.
Leia mais:
Juíza Alessandra Gontijo e ASMEGO promovem campanha em favor de portadores de xeroderma pigmentoso
Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO (com informações do jornal O Popular)