Coletânea de contos será lançada em coquetel na sede da ASMEGO, às 19 horas
A magistratura e a literatura estão ligadas entre si pela busca do que seria o melhor para o mundo. É com dessa definição que juízes de Goiás, escritores por vocação, definem os pontos comuns entre a expressão literária e o ofício do jurisdicionado. Esse argumento fica evidente na coletânea Hector no Cubo, que será lançada no próximo dia 3, às 19 horas, no hall de entrada do prédio da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO).
O livro tem assinatura dos filiados à ASMEGO Sebastião José de Assis Neto, Matheus Machado de Carvalho, Eduardo Perez de Oliveira, América de Queiroz Lima Florentino, Itaney Francisco Campos, Orimar de Bastos, Silvânio Divino Alvarenga, Waltides Pereira dos Passos e Wilson Safatle Faiad.
Conheça os perfis dos autores.
Juiz de Direito lotado na 3ª Vara Cível de Goiânia, Sebastião José de Assis Neto é autor do conto Hector no Cubo, que dá nome à publicação. O magistrado tem como referência na literatura o escritor e pensador Fiódor Dostoiévski. “A minha inspiração vem dos livros e dos desafios que a vida nos impõe”, conta Sebastião. Para o juiz, a magistratura e a literatura se relacionam pela vocação natural à escrita e à reflexão.
Sebastião Neto diz que o seu primeiro contato com a literatura se deu na infância. “Eu nasci entre livros. À época, meu pai já tinha uma biblioteca muito grande.” O jurista revela que tem preferência em escrever sobre política, música e a própria literatura, na sua expressão poética.
Eduardo Perez, que responde como juiz na comarca de Fazenda Nova, admira o legado de Guimarães Rosa, Lima Barreto, Jorge Luis Borges e Júlio Cortázar. Para o magistrado, “a literatura e a magistratura estão intimamente ligadas, porque ambas as áreas buscam o que seria o melhor dos mundos, a forma como deveria ser”. Eduardo revela que a literatura se insere em seu cotidiano “por tornar mais próximo a realidade, da profissão do Direito”.
Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Itaney Francisco Campos declara ter como referências, no ramo da poesia, os escritores Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade. “A minha inspiração para escrever vem das circunstâncias da vida, do amor à literatura e do hábito da leitura. Esses três elementos me estimulam a escrever.”
Itaney pondera que “o juiz analisa a conduta das pessoas para então fazer o devido julgamento. Já o artista, o escritor, trabalha também com o comportamento, mas sem julgar o próximo”. Para o magistrado, a relação entre a literatura e a magistratura se configura exatamente nesse paradoxo. “Ambas têm afinidades pelo comportamento das pessoas e os fatos da vida”, completa Itaney.
Diretor cultural da ASMEGO, o juiz substituto em segundo grau Wilson Safatle Faiad, que atua na 6ª Câmara Cível do TJGO, aprecia o perfil criativo do escritor Fernando Pessoa. Segundo Faiad, a inspiração para escrever “vem do cotidiano, da vontade de mudança”. O juiz comenta que a literatura se insere em seu dia a dia “ampliando conhecimento sobre o mundo, proporcionando visão ampliada no aspecto cultural e social”.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO | Ampli Comunicação