Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

Notícias

Líderes da magistratura falam sobre necessária melhoria da infraestrutura para juízes

O 12º Congresso Goiano da Magistratura da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) recebeu várias lideranças ligadas à luta de classe dos juízes brasileiros. Entre eles, prestigiaram o evento o atual presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, desembargador Nelson Calandra, e os dois candidatos à presidência da entidade nacional, juiz João Ricardo e desembargador Roberto Bacellar.


O desembargador Nelson Calandra enalteceu a iniciativa da ASMEGO, em trazer à tona o debate em torno do papel da magistratura no combate à corrupção. Segundo reforçou, a entidade nacional tem fomentado campanhas em todo o País que tenham este enfoque. “E Goiás dá o seu exemplo ao reunir a classe jurídica para essa discussão, tão atual. Uma das maiores chagas do Brasil é a corrupção na área política e precisamos aprofundar este debate”, disse o desembargador.


O presidente da ASMEGO, juiz Gilmar Luiz Coelho, lembra que, a despeito de todas as deficiências enfrentadas pelo Judiciário goiano – há atualmente 93 unidades judiciárias sem a presença do juiz – Goiás tem se esforçado para cumprir a Meta 18 do Conselho Nacional de Justiça, que pretende julgar, até o fim do ano, todos os casos de crimes contra a administração pública ajuizados até 2011. “A sociedade foi para as ruas reclamar punição para os corruptos. O Judiciário necessita de estrutura para dar esta resposta à sociedade”, afirma Gilmar Coelho.


Candidato à presidência da AMB também presente ao 12º Congresso Goiano da Magistratura, o juiz João Ricardo destaca que “ninguém mais que a magistratura nacional tem interesse em melhorar a prestação jurisdicional”, reforçando esta necessidade nas apreciações de casos de corrupção que chegam ao Judiciário. “Tem-se buscado constantemente os instrumentos necessários para que o Judiciário exerça seu papel de investigação”, frisa João Ricardo.


O desembargador Roberto Bacellar, também candidato à presidência da AMB, destacou números que apontam para uma sobrecarga de trabalho para os magistrados. “Temos um volume de 92 milhões de processos em estoque e mais de 28 milhões ingressam anualmente no Judiciário. Por isso, além de aumentar o número de juízes no Brasil, é preciso também aumentar a infraestrutura nas unidades, para que elas possam funcionar como se espera”, acentua Roberto Bacellar.