Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Magistrada fala sobre o gesto de amor da adoção


"A adoção é uma escolha, mas depende da vontade de Deus.” - Juíza Ângela Cristina Leão


O desejo não realizado de engravidar e uma série de coincidências divinas. Foi assim que teve início a história da magistrada Ângela Cristina Leão e da filha adotiva, a pequena Larissa. Depois de um intenso tratamento, sem sucesso, Ângela e o esposo, Fernando de Oliveira, optaram pela adoção. Foram quase dois anos de processo, até que foram chamados para conhecer Larissa, de apenas três meses. “Naquele dia, ela sorriu para mim enquanto me abraçava e eu soube que ela seria nossa filha.” Na história da magistrada Ângela Cristina, a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) homenageia todas as juízas mães neste Dia das Mães.


A juíza passou por todo o processo necessário, como o Curso de Adoção e a inclusão do casal na lista que hoje soma mais de 10 mil pretendentes para aproximadamente 5 mil crianças. “Fizemos todo o procedimento necessário e em dois anos a Larissa já estava conosco. Hoje ela vai completar três anos e é a alegria da nossa casa”, afirma.


Ângela conta que o sentimento materno dela nunca foi muito aflorado e achou que ia ter muita dificuldade para ser mãe. “Quando cheguei ao abrigo, que olhei para ela e vi aquele sorriso tive vontade de chorar. Voltamos para casa, mas só falávamos nela. Nós sabíamos que seria ela a nossa filha”, sorri.


Quando recebeu a ligação do abrigo avisando que seria necessário buscar Larissa no dia seguinte, ela conta que entrou em pânico. Ligou para algumas juízas e fez uma lista de coisas que deveria comprar. “Quando ela chegou à nossa casa, parecia que eu tinha sido mãe de dez crianças. É um dom que Deus nos dá. Eu costumo dizer que a adoção é uma escolha, mas depende da vontade de Deus.”


Sobre o comportamento comum em crianças adotivas, de chorar muito à noite, ou possuir algum trauma, a juíza diz que foi muito abençoada. “A minha filha não chorava de jeito nenhum, a gente tinha até receio do que podia ser isso. Era uma criança calma, muito tranquila. Hoje ela já é mais manhosa. Isso porque a adoção foi da família inteira e ela recebeu muito amor de todo mundo. O gênio dela hoje é igual ao meu", diz. Larissa parece ter saído da minha barriga. Para as mães que desejam adotar eu dou um conselho: é uma bênção divina”, completa, sorrindo.