“Para quem ama o conhecimento e a cultura, a leitura de um bom livro é um ato religioso, uma prece de amor à sabedoria. Ele é o amigo mais confiável do homem. Grandes livros construíram a história, formaram línguas, revolucionaram o mundo, como o A Divina Comédia, Os Lusíadas, A sobrevivência das espécies, O Manifesto Comunista e outros. Regozijamo-nos nesta data dedicada a esse objeto quase sagrado, que é o Livro”.
Desembargador Itaney Campos, diretor Cultural da ASMEGO
Hoje (23) é comemorado o Dia Mundial do Livro. E para comemorar esta data especial, o portal da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) conversou com alguns dos magistrados que dedicam parte do seu tempo à Literatura, como forma de amor à arte, descontração e, também, de exercício de conhecimento interior. Inúmeros são os associados com livros publicados, obras guardadas à espera de tempo para publicação, textos científicos produzidos. Não poderíamos enumerar todos aqui. Ainda assim, aos amantes da literatura, nossa homenagem.
Denival Francisco da Silva, que conquistou o segundo lugar do 1º Concurso Félix de Bulhões, promovido pela associação em 2012, é um dos que conciliam a magistratura com a escrita. “Eu costumo pensar que estou juiz, e não que sou juiz. Concilio, assim, minha vida com outras atividades. É preciso amplitude de informações e até mesmo ficção. Isso nos torna mais sensíveis. A atividade literária nos dá essa possibilidade, que influencia inclusive nosso julgamento”, afirma.
O magistrado já possui quatro livros publicados e aguarda publicação de outros dois ainda neste ano. Um deles é a reunião das obras participantes do Concurso da ASMEGO e o outro é uma coletânea de crônicas e artigos que será publicada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).
Meta para 2013
Apesar de não ter ainda nenhuma obra publicada, a não ser uma coletânea de textos do livro Themis Translúcida, a magistrada Luiza Fortunato Ricardo afirma que neste ano a meta é reunir poesia para uma publicação. “Sempre gostei de escrever, inclusive na própria sentença. O gosto varia entre poesias, assuntos científicos e filosofia. Acredito que escrever é um exercício para o cérebro, uma forma de conhecimento interno e uma ótima atividade para qualquer pessoa. Quero me dedicar mais a isso e publicar meus textos que estão guardados”, pontua.
Engrandecimento da alma
“O Dia do Livro deve ser comemorado como um dia de ação de graças. Ele foi o grande instrumento da afirmação do homem sobre o universo e meio pelo qual se iluminou a trajetória da humanidade na face da terra. Voltaire dizia que o livro engrandece a alma. Com efeito, o livro não é apenas uma fonte de conhecimento, mas também de amadurecimento e sabedoria", diz o desembargador Itaney Campos, diretor Cultural da ASMEGO. Segundo o desembargador, o livro contribui decisivamente para a superação dos preconceitos e afirmação da dignidade do homem. "Tanto que o homem que não sabe ler é como um cego, sem rota definida e sem caminhos. Como escreveu Drummond, o livro é uma fonte inesgotável de prazer. Com ele, viajamos no tempo e no espaço", afirma. "O livro não morrerá jamais, como não se findará a curiosidade humana. A invenção do livro eletrônico, por seu pragmatismo, haverá de conviver com o livro como objeto, e hoje até como objeto de arte e design. Bendito quem semeia livros, para repetir Castro Alves”, completa o diretor Cultural da ASMEGO.
Estantes do escritor goiano