Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Maria Eutália Lenza assume presidência da OVJ

A promoção de uma verdadeira mudança social baseada na cultura da paz, sobretudo no seio da comunidade jurídica, a resolução de problemas no âmbito das relações humanas e o bem-estar coletivo adquirido por meio da convivência harmoniosa entre os homens. Essas foram algumas das propostas apresentadas por Maria Eutália de Mello Lenza durante sua posse como presidente da Organização das Voluntárias do Judiciário (OVJ), realizada nesta quarta-feira (2), na sede da Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego). Acompanhada do marido o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), desembargador Vítor Barboza Lenza, e das filhas Patrícia Lenza e Ângela Lenza, Maria Eutália falou sobre as perspectivas da sua gestão à frente da OVJ e ressaltou a importância de auxiliar os menos favorecidos, sem deixar de lado a disseminação da paz social. “Todos temos um sonho de uma comunidade perfeita e alegre, onde todos vivam em paz. Pode parecer apenas uma ilusão, uma utopia, mas é justamente isso que nos guia à frente nessa vida. No entanto, para transformar esse sonho em realidade devemos ser prestativos, não sermos invejosos, não ostentarmos nada, nem ficarmos orgulhosos. Vamos ser felizes com a felicidade do próximo, ser alegres ainda que tenhamos de enfrentar injúrias e perseguições. Saber dividir é realmente compensador”, ensinou, mencionando parte do trecho bíblico Hino ao Amor Cristão.


Após a leitura do termo de posse, Maria Eutália também prestou uma homenagem à Maria do Socorro Ribeiro Teles, fundadora da OVJ, e disse que as ações desenvolvidas pela instituição ajudaram a tocar muitos corações e acolher várias pessoas carentes. “Só posso parabenizar Maria do Socorro pela coragem em fundar essa organização, que hoje possui um grande cunho social e desenvolve um trabalho humanitário, solidário. Esteja certa, Maria do Socorro de que muito corações foram tocados pelo seu gesto acolhedor, pleo seu abraço, pelo seu amor. Muitas crianças voltaram a sorrir e isto é que dá verdadeiro sentido à vida. Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas”, enalteceu, ao parafrasear trecho do poema da escritora Cora Coralina.


A nova presidente da OVJ também reforçou a missão de levar Deus às pessoas e de se construir uma comunidade pacífica através de quatro pilares fundamentais: a verdade, a justiça, o amor e a liberdade. “A paz depende fundamentalmente do poder a que chamamos de Deus e que, como cristãos, acreditamos estar revelado em Cristo. Ou aprendemos a caminhar juntos em paz e harmonia ou partiremos à deriva para a nossa ruína e também dos outros que nos cercam. Renovemos permanentemente o nosso encorajamento à dimensão e à nobreza dessa missão na esperança de que o nosso trabalho possa colher bons frutos. ”, ponderou.


Além de Maria Eutália, tomaram posse Luciana Gualberto da Silva Amaral, como vice-presidente; Marli Rodrigues de Ataídes; no cargo de secretária; e Ilda Alves da Silva Portilho, como tesoureira. Para exercer as funções de conselheiras titulares foram empossadas Regina Célia Licínio de M. Dias Maciel, Márcia Bezerra Maya Faiad, Marlene Moreira Farinha Lemos, Elma Dias Abrão e Nalva Rocha de Carvalho Conceição. Atuarão ainda como conselheiras suplentes Celi Conceição de Araújo Valente, Kely Leite de Morais Perilo Azevedo, Bianca Oliveira Paiva Garcia, Divina Rosa de Miranda e Guilhermina Rosa Silva Coelho.


Perfil


Maria Eutália, que é casada com Vítor Lenza há 44 anos, já trabalhou na promoção de ações sociais e ajudou na implantação do Comitê Judiciário Goiano para uma Cultura de Paz (Justipaz), instituído pela então coordenadora social TJGO, Myriam Ferreira Carvalho Melo, na gestão do desembargador José Lenar de Melo Bandeira, na época presidente do Tribunal goiano, com o objetivo de estabelecer a cultura da paz com base em valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados no respeito à vida, no fim da violência e na promoção da não-violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação. Formada em Letras, já lecionou em Goiânia nos Colégios Sagrado Coração de Maria, para o primário, e Pedro Gomes, a disciplina de francês, por alguns anos. Também foi professora no Colégio Santa Cruz em Araguaína, no Tocantins, onde acompanhou o marido durante o período em que respondeu como juiz pela comarca.


Entre os objetivos da sua gestão estão a propagação da religião entre as famílias, o trabalho conjunto entre a OVJ e comitês de paz, e a ministração de palestras educativas nos lugares mais distantes. “Ainda falta um longo caminho para que as pessoas tenham consciência da verdadeira responsabilidade social, que é um dever de todos nós. Tudo começa dentro da família e por essa razão pretendemos reforçar a importância da religião e da palavra de Deus na sociedade em geral, especialmente no Judiciário goiano”, pontuou.