Lembrando que a justiça precisa de soluções criativas, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nilson Naves, elogiou o projeto Justiça na Praça executado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), nos últimos dois dias. O ministro veio à Goiás convidado para a abertura IX Congresso Goiano da Magistratura, promovido pela Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) e TJGO.
Considerou Nilson Naves que tudo deve ser feito para o bom funcionamento do judiciário e que as ações somam-se em todos os níveis, tais como o atendimento feito em Goiânia, quando mais de duas mil pessoas puderam de aproximar dos operadores e levar suas reivindicações.
Na mesma solenidade, o presidente do TJGO, desembargador Paulo Teles, enalteceu o trabalho do judiciário goiano citando ações como a Justiça Ativa e as bancas de conciliação. E ressaltou a atuação dos juízes, que recebem todo apoio. “Em Goiás, lembrou, o trabalho de valorização dos magistrados tem sido permanente e integra-se como prioridade de minha administração.”
Mostrou ainda que, até as mais importantes decisões tomadas por ele, passam antes pelo crivo dos três juízes auxiliares. E que esta participação do primeiro grau, enobrece sua gestão. “Das 600 metas anunciadas em meu plano de trabalho, cerca de 200 foram sugeridas pela Asmego. A entidade, como legítima representante dos magistrados é ouvida a todo momento, como parceira do Tribunal”, sentenciou. Considerou, por fim, que as ações do judiciário precisam sempre estar voltados para o povo.
Compunham a mesa dos trabalhos, ainda, o presidente da Asmego, juiz Átila Amaral, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, o representante do governador do Estado, Frederico Antenor Turmim, no exercício da função de Procurador Geral do Estado, o desembargador do Estado de São Paulo e também presidente da Escola de Magistratura do Brasil, Antonio Cury Jr e o presidente da seção goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Miguel Ângelo Cançado.
Prestigiaram ainda a abertura do conclave a sub-procuradora de Justiça de Goiás, Ana Cristina Ribeiro França, o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Sérgio Cavaliere, o vice-presidente do TJGO, Vitor Lenza, o vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, 18ª Região, Mário Botazzo, o vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, desembargador Leobino Chaves e o presidente da Associação Goiana do Ministério Público, Lauro Machado.
Ao abrir o evento, o presidente da Asmego agradeceu a presença dos colegas e relatou o espírito de abertura da entidade que aceitou a participação de servidores da justiça e academicos de Direito.
Disse ainda que a escolha do tema do encontro atendia à emenda 45 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determina a verticalização do planejamento estratégico. E foi enfático: “O judiciário tem que fazer uma revolução, antes que a sociedade o faça de cima para baixo.”
Sobre sua gestão assinalou que, nos últimos dois anos, foi dado um enfoque mais institucional à ação da Asmego.
O presidente da Esmego, Amaral Wilson Oliveira, anunciou que este ano foram diplomados em pós-graduação em MBA, 35 magistrados goianos. E agradeceu ao desembargador Paulo Teles o espírito aberto de sua gestão. “Ele jamais deixou de acolher os pleitos da magistratura”, enfatizou.
Coube ao vice-presidente do TJGO, desembargador Vitor Lenza, a apresentação do conferencista, enaltecendo seu currículo grandioso. “O ministro Nilson Naves sempre que é convidado está disponível para trazer o fulgor de seu conhecimento, embora tenha inúmeras outras atribuições.”
O tema geral escolhido para o congresso foi Gestão Democrática do Poder Judiciário, com a participação efetiva dos juizes de primeiro grau.
Ainda hoje (23), vários palestrantes convidados e outros de Goiás farão conferencias e participarão dos debates.