Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

Notícias

Ministros do STJ declaram apoio a campanhas da AMB

Três ministros do Superior Tribunal de Justiça manifestaram ontem o seu apoio às campanhas da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pela moralização do processo eleitoral e pelo fortalecimento da democracia. Os ministros Antônio Benjamin, Eliana Calmon e Mauro Campbell foram espontaneamente ao encontro dos magistrados, que participavam da reunião do Conselho de Representantes em Brasília. O ministro Mauro Campbell aproveitou a oportunidade para entregar ao presidente Mozart Valadares Pires a sua ficha de filiação à entidade.


O mais novo filiado da AMB disse que fez questão de trazer a sua ficha de associação pessoalmente, e agradeceu à acolhida dos colegas presentes. Quanto às iniciativas da AMB, o magistrado argumentou que os paradigmas existem para ser desatados, e que é preciso coragem para enfrentar possíveis represálias. “Dou a minha palavra de apoio, concretizada pelo ato de minha associação, porque jamais perderei minha condição de cidadão, independentemente de minha condição como procurador ou juiz”.  


O ministro Benjamin declarou que se sentia orgulhoso como associado e cidadão e que hoje vê a AMB como fórum dos grandes debates nacionais. “O mérito desta conquista tem grande participação das associações que integram politicamente a AMB, que estão colaborando para combater o tabu e o silêncio sobre questões que a sociedade precisa discutir”.  O ministro ainda disse que “mais que as próprias prerrogativas, é papel do judiciário defender as prerrogativas da República, da democracia e da cidadania”.


Com a palavra, a ministra Eliana Calmon disse que, independentemente de sua opinião pessoal acerca dos assuntos encampados pela AMB, o judiciário só pode sair fortalecido quando debate temas relativos à democracia e à cidadania. Ela ainda se posicionou contra o posicionamento individualista na magistratura. “Os magistrados devem pensar menos em si e em seus anseios de chegarem à cúpula e pensar mais institucionalmente”.


Para a ministra, a AMB e a magistratura estão passando por um momento de muita luz. “No meu ponto de vista, não existe unanimidade absoluta. Quando não há divergência, é porque não se está discutindo alguma coisa que deveria ser ressaltada”.