Associação lançou em Luziânia, junto a juízes do Entorno do Distrito Federal, as ações do Fórum Permanente de Democratização do Poder Judiciário
A tônica em torno do encontro regional realizado pela Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, nesta sexta-feira (23), foi de união em prol da valorização do primeiro grau da Justiça estadual. Valorização, esta, que passa pela participação ativa e direta do juiz de primeira instância na gestão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. No encontro, a ASMEGO deu início às atividades do Fórum Permanente de Democratização do Poder Judiciário, que defende, entre outras bandeiras, as eleições diretas para presidente e vice-presidente do TJGO.
“Nós não queremos divisão com o Tribunal. Queremos união”, disse o presidente da ASMEGO, Gilmar Luiz Coelho, aos juízes que atuam nas comarcas do Entorno do DF que participaram do debate. “O trabalho que estamos realizando em Goiás, pela democracia nos tribunais, já está servindo de paradigma nesta luta da magistratura, que também é nacional”, afirmou o presidente da ASMEGO ressaltando o trabalho comandado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em todo o Brasil em defesa das eleições diretas nos tribunais. “As bases da Justiça exigem mudança, porque estamos alijados de todos os processos que envolvem a gestão do Tribunal”, completou.
Juiz Jeronymo Pedro Villas Boas
Jeronymo Pedro Villas Boas, juiz designado presidente da comissão responsável pelas ações do Fórum Permanente de Democratização do Judiciário, lembrou que democracia não é só eleger o presidente e o vice-presidente do Tribunal, elencando outras bandeiras defendidas pelo fórum. “Que Judiciário nós queremos? Um Judiciário hermético, fechado, distante do primeiro grau e da sociedade? Ou um Poder Judiciário que de fato representa a todos nós?”, questionou o magistrado. Segundo o juiz, os magistrados são eleitores qualificados, porque são tecnicamente formados para o labor jurídico. “Conhecemos a fundo esta estrutura.”
O coordenador de Regionais da ASMEGO e membro do Fórum Permanente de Democratização do Poder Judiciário, juiz Gustavo Braga Carvalho, avalia o atual critério de escolha dos dirigentes dos tribunais ultrapassado e antidemocrático. “Será que é justo que nós, juízes de primeiro grau, fiquemos de fora deste processo de eleição? Com certeza, muitos problemas enfrentados hoje pela primeira instância de jurisdição são consequência da falta de democracia dentro do Poder Judiciário”, analisou.
Representando o presidente do TJGO, desembargador Ney Teles de Paula, e a corregedora-geral da Justiça de Goiás, desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, participaram do evento o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal, José Ricardo Chaves; e o juiz auxiliar da Corregedoria, juiz Wilton Mullher Salomão, respectivamente. E, também, o vice-presidente Administrativo da AMB, Wilson da Silva Dias; e o juiz Murilo Vieira Faria, também integrante do fórum.
Participaram ainda do encontro os magistrados Vanessa Crhistiana Garcia Lemos de Santo Antônio do Descoberto; Polliana Passos Carvalho, de Novo Gama; Mariana Belisário Schettino Abreu e Lorena Prudente Mendes, de Valparaíso; André Costa Jucá e Aline Freitas da Silva, de Cidade Ocidental; Luís Flávio Cunha Navarro, de Águas Lindas; Soraya Fagury Brito, Flávia Cristina Zuza e Alice Teles de Oliveira, de Luziânia; e Clauber Costa Abreu e Gustavo Dalul Faria, de Goiânia.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO. Texto e fotos: Deire Assis