Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Narrativas de juízes goianos integram livro publicado pela Corregedoria Nacional de Justiça

Da esquerda para a direita, os juízes Wilson Safatle Faiad, Everton Pereira Santos, Alessandra Gontijo do Amaral; Denival Francisco da Silva e Wander Soares Fonseca Da esquerda para a direita, os juízes Wilson Safatle Faiad, Everton Pereira Santos, Alessandra Gontijo do Amaral Denival Francisco da Silva e Wander Soares Fonseca, que contribuíram para a obra “A Justiça além dos Autos”

Magistrados goianos integram a lista de autores da obra “A Justiça além dos Autos”, lançada pela Corregedoria Nacional de Justiça nesta semana. O livro, organizado pela ministra Nancy Andrighi, corregedora Nacional de Justiça, reúne em 504 páginas, mais de 170 histórias que marcaram a vida de juízes. Os olhares humanos dos juízes goianos Wilson Safatle Faiad, diretor Cultural da ASMEGO; Everton Pereira Santos, diretor-adjunto das Coordenadorias Regionais da associação; Alessandra Gontijo do Amaral; Denival Francisco da Silva e Wander Soares Fonseca para as demandas sociais, fazem parte da publicação.

 Confira a íntegra da publicação. 

Entre as dezenas de histórias que integram o livro está "Coração de pai", de autoria do juiz Wilson Safatle Faiad. Ele conta o episódio de um pai que, ao ser esfaqueado pelo próprio filho e correndo risco de morte, preferiu procurar primeiro o juiz para tratar da situação do filho, para só então dirigir-se a um hospital. O pai bateu à porta do juiz para pedir conselhos porque o filho estava matando aulas e andando na companhia de maus elementos, mas o magistrado teve de interrompê-lo para providenciar a ambulância, diante de ferimento tão grave. “Não há como não dar valor a tal pessoa, que pôs o filho à frente de sua própria dor pessoal: um verdadeiro pai!”, escreve o juiz. Como essa, há muitos textos de leitura agradável sobre adoção, reinserção social e disputas familiares entre outras.

Outro exemplo é a obra do juiz Everton Pereira Santos que aborda, na narrativa "O jovem do buraco", a importância da aproximação dos juízes com a população. Através doPrograma Acelerar – Núcleo Previdenciário, criado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, o titular do 1º Juizado Especial Cível e Criminal de Catalão teve a oportunidade de fazer a diferença na vida de um homem que morava em um buraco há 25 anos.

Distribuição

A obra será distribuída aos tribunais em edição limitada e está disponível no Portal da Corregedoria do CNJ. De acordo com a ministra Nancy, a obra “A Justiça além dos Autos” é uma homenagem à magistratura brasileira por meio de crônicas e relatos. “Nessa passagem pela Corregedoria, ao lado do trabalho árduo em prol da celeridade e da eficácia processual, deixo esse lado interessante da vida judicante, desconhecido da sociedade no qual revela o que é ser juiz”, disse a corregedora.

Na opinião da ministra, ser juiz não é só se debruçar sobre processos e mergulhar no mundo virtual dos autos, mas viver acontecimentos sociais como cidadão do povo, com redobrada prudência, parcimônia e crença de que a Justiça começa com um olhar de compreensão. “Antes do juiz ser o condutor do processo, ele é um escafandrista do direito, uma figura destacada, principalmente em comarcas distantes dos grandes centros urbanos, e essa proeminência social o torna alvo de episódios insólitos e pitorescos, átimos de flagrante embaraço que os anos e a memória transformam em casos espirituosos”, afirmou.

Fonte: Rota Jurídica | com edição da Assessoria de Comunicação da ASMEGO | Ampli Comunicação