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Novo sistema de mediação do CNJ estimula acordo

Lançado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como proposta de alternativa rápida, econômica e gratuita de solução de conflitos entre clientes e empresas, o sistema de Mediação Digital começará a funcionar no dia 3 de outubro durante um mutirão em Goiânia e no restante do País. A informação é do coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), juiz Paulo César Alves das Neves.


O sistema pode ser acessado por meio do site do CNJ e permite a troca de mensagens e informações entre as partes, adequando-se à realidade de cada setor. Por meio do programa virtual, a pessoa pode reivindicar até indenizações decorrentes de problemas em contratos bancários e de operadoras de planos de saúde, de cobranças indevidas de empresas de telefonia ou de distribuidoras de água e energia, por exemplo. Não há valores mínimo e máximo para tentar negociar por meio do sistema do CNJ.


Confira o passo a passo para acessar o sistema.


No País, 39 empresas já estão cadastradas no programa, à espera de propostas de clientes ou consumidores que se sintam lesados por algum motivo. A ferramenta também pode servir como alternativa a quem já perdeu a paciência, após esperar por muito tempo ao telefone, tentando uma resposta por meio da central de relacionamento com cliente, mas não consegue resolver o problema.


Diminuir espera


Como o uso do sistema não tem cobrança de taxa, o juiz acredita que haverá grande adesão da população. “Se tentar resolver com um processo judicial, só para marcar a primeira audiência leva, em média, 30 dias. Agora, por meio do sistema digital, as partes podem chegar a um acordo em poucos dias”, afirma ele.


A equipe de mediação do tribunal ficará supervisionando o diálogo entre as partes a todo momento, para evitar qualquer tipo de fraude. “Por isso vamos ter de fazer filtro e selecionar. Uma de nossas preocupações é a pessoa que gosta de fazer trote. Se identificada, há possibilidade de punição”, adianta Neves. “A ideia não é fazer acordo a toque de caixa, mas fazer bons acordos para que o cidadão saia feliz”, destaca ele.


Tudo poderá ser resolvido por um clique, de onde a pessoa estiver, sem precisar ir ao fórum da cidade e enfrentar a lentidão do Judiciário brasileiro.


Fonte: O Popular