Em dois meses de atuação, magistrados encontraram, principalmente, falta de estrutura física
Juiz Diego Costa Pinto Dantas
Os 42 novos juízes aprovados no último concurso do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), em 2013, já estão há mais de dois meses no exercício da função. A posse dos novos magistrados ocorreu no dia 12 de dezembro do ano passado e, de lá para cá, os juízes já tiveram tempo de desempenhar um papel importante no Poder Judiciário.
“Foi um bom contato com a comunidade. Eu já era magistrado em um outro Estado e senti muita diferença. Acho que o TJGO está com uma boa estrutura física e temos uma boa assessoria, também”, diz o juiz Diego Costa Pinto Dantas, do 2º juizado Cível de Goiânia.
No interior
Juiz Wander Soares Fonseca
Se a capital de Goiás ganha elogio, dos magistrados que foram para o interior, chegam críticas e sugestões de melhoria. O juiz Wander Soares Fonseca, assim que chegou para à comarca de Piranhas encontrou dificuldades e problemas estruturais. “É uma das comarcas que não têm fórum novo. Inclusive, houve uma visita recente do Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás na unidade e ficou constatada a precariedade das instalações”, relata o juiz.
Ainda de acordo com o magistrado, o prédio do fórum atual de Piranhas é bastante antigo e os processos, inclusive, precisam ser guardados em malotes ou sacos plásticos para não molhar em dia de chuva. “Agora, a gente espera que melhore. As obras para a construção do novo fórum estão para começar e devem terminar em nove meses”, lembra.
Problemas, também, em Luziânia, Entorno do Distrito Federal. Segundo o juiz Wilker André Lacerda, a cidade tem uma demanda bem grande de processos e, por semana, são realizados, pelo menos, dois júris populares por crimes de homicídio. “Na semana do mutirão, que vai ser em maio, já temos 30 júris agendados para fazer”, diz.
Outra complicação em Luziânia, de acordo com o magistrado, é o planejamento do fórum. No local, réus e vitimas, por vezes, se cruzam nos corredores. “Está faltando realizar um projeto para que cada parte entre pelo seu devido lugar e que não haja ameaças às vítimas”, sugere.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO. Texto e fotos: Victor Hugo de Araújo