Em entrevista concedida ao jornal Diário da Manhã, publicada nesta sexta (27), o presidente eleito do TJGO, desembargador Gilberto Marques Filho, fala sobre as prioridades de sua gestão, a operação Lava Jato e também sobre as frequentes rebeliões nos presídios brasileiros.
Como presidente eleito do Judiciário goiano, explicou que a implementação do processo digital, com o objetivo de dar celeridade à justiça goiana, só poderá ser avaliada quando estiver em pleno funcionamento.
O desembargador Gilberto Marques avaliou também que o Poder Judiciário se tornou central nos últimos acontecimentos do País. Para o desembargador, o ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em 19 de janeiro último, e o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, são exemplos da atuação dos magistrados brasileiros no combate à corrupção. "O Judiciário tem tido a oportunidade de mostrar que há valorosos magistrados" no País", afirmou.
As rebeliões também foram pauta da entrevista do presidente eleito do TJGO, que refuta a ideia de que os juízes mandam soltar criminosos, enquanto a polícia os prende. Para ele, quando há soltura, é porque houve falhas no sistema que culminou naquela prisão, e o juiz toma decisões baseado na lei e em seu livre-arbítrio.
O magistrado, que foi refém da rebelião do antigo Cepaigo, liderada por Leonardo Pareja, em 1997, acredita que há risco de revoltas nos presídios de Goiás, a exemplo do que ocorreu em Manaus, Boa Vista e Rio Grande do Norte. No entanto, o desembargador avalia que as razões para os motins estão ligadas mais à superlotação e más condições das carceragens do que à rivalidade entre facções.
Gilberto Marques contou também que, quando esteve à frente da Corregedoria-Geral da Justiça, entregou ao governo do Estado relatório documentando as condições de vida nos presídios e também informando as medidas que deveriam ser tomadas para melhorar o sistema prisional de Goiás.
Confira a entrevista na íntegra.