Pela efetivação das ações judiciais criminais, ASMEGO apoia pleito por aumento no efetivo de delegados, agentes e escrivães da Polícia Civil em Goiás
Em reunião com o Comitê de Entidades de Classe Representativas dos Servidores da Polícia Civil de Goiás, o presidente da ASMEGO, Wilton Müller Salomão, declarou apoio ao pleito da categoria pela realização de mais concursos para o fim do déficit crônico de profissionais na área. Na reunião, realizada na sede da associação nesta quarta-feira, 21, foi apresentado relatório com dados que apontam grave quadro de falta de delegados e policiais civis. Entre as informações, levantadas pelas entidades, destaca-se o índice de que 34% das comarcas no Estado estão sem delegados. São cidades como Abadiânia, Orizona e São Simão que não contam com essa autoridade policial para coordenar e conduzir investigações. Além disso, 49% dos cargos na Polícia Civil de Goiás estão vagos. Confira aqui a íntegra do relatório.
Durante o encontro o presidente da ASMEGO, Wilton Müller Salomão, reafirmou a importância da união das instituições ligadas ao sistema de Justiça e ressaltou que a falta dos delegados nas comarcas compromete a efetivação das ações judiciais criminais. "Esse déficit reflete na queda da produção de provas pela autoridade policial. Isso impacta negativamente o trabalho dos magistrados, que necessitam destas para conduzir processos e também terem aplicadas as suas decisões no combate ao crime. Não é à toa que estamos vendo a criminalidade migrar para o interior do Estado", afirmou. Como apoio, além da ampla divulgação dos dados aos magistrados e sociedade em seus canais de comunicação, a ASMEGO irá partilhar dessa luta junto ao Governo do Estado, na tentativa de sensibilizar para a abertura de novos concursos.
Participante da reunião, a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de Goiás (Sindepol-GO), Silvana Nunes, ressalta a importância de que a Magistratura goiana tenha as informações sobre a situação da Polícia Civil em Goiás. "O nosso trabalho de polícia judiciária, como o próprio nome diz, é fazer provas para se chegar ao Poder Judiciário. Na medida em que temos um quadro sério de déficit de policiais, não temos condições de prestar um bom serviço ao Judiciário e à população", argumentou. É o que também concorda a secretária-geral do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO), Eliete Ribeiro de Sousa. "O próprio trabalho dos magistrados está comprometido com o déficit na Polícia Civil, que produz as provas materiais para instruir o inquérito que os orientará na hora de um julgamento. A partir do momento que se tem em mão todo um conjunto probatório menos riscos de recorrer em erro e mais agilidade nos processos", comentou.
Também estiveram presentes o diretor de Segurança da ASMEGO, Hamilton Carneiro; o diretor Jurídico, Joseli Luiz Silva; a presidente do Sindepol, Delegada Silvana Nunes Ferreira; o diretor Financeiro do Sindepol, Delegado Fabrício Madruga; o secretário-geral da Ugopoci, Silveira Alves de Moura; a secretária-geral do Sinpol, Eliete Ribeiro de Sousa; e a presidente da APPEGO, Juliana Pabla Soares Martins.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO | Mediato Multiagência. Foto: Luciana Lombardi