Países da Europa, Ásia e América do Norte estão entre os destinos tomados por magistrados de Goiás preocupados com a necessidade de obterem mais conhecimento
Magistrados goianos, dedicados ao aprimoramento pessoal e ao aperfeiçoamento na carreira, têm investido em estudos nas mais renomadas e reconhecidas instituições de ensino em países da Europa, Ásia e América do Norte. Muitos são os exemplos de magistrados que têm, cada vez mais, buscado atualizar o conhecimento, contribuindo com uma melhor prestação da Justiça e atendimento à sociedade.
Juiz Aureliano Albuquerque em frente à universidade, em Barcelona
Cursar uma especialização ou inscrever-se em um intercâmbio não são determinações do Poder Judiciário, mas acrescentam ao magistrado, objetivamente, do ponto de vista da promoção por merecimento. Assim, o juiz que se propõe a fazer uma pós-graduação no exterior, por exemplo, faz, na maioria das vezes, porque tem vontade de se aprimorar. “Comigo foi assim”, diz o juiz Aureliano Albuquerque que, recentemente, concluiu o mestrado em Direito Empresarial em Barcelona, na Espanha. Agora, na mesma cidade, cursa doutorado em Processo Eletrônico.
“Por ser um país mais desenvolvido, inclusive do ponto de vista de legislação e julgamentos, na Espanha obtive uma noção do que está por vir no Brasil. A realidade deles é o nosso futuro próximo. Aprendi formas novas de enfrentar problemas há muito existentes. Enfim, crescemos em conhecimento, cultura e flexibilidade de comportamento, o que nos permite trabalhar melhor em nosso próprio país”, completa o juiz Aureliano Albuquerque, da 4ª Vara Cível de Goiânia.
Juiz Jesseir Coelho: intercâmbios nos EUA, Argentina, China e Itália
Intercâmbio nas Universidades de Virginia e Georgia (Estados Unidos), em Mendoza (Argentina) e em Pequim (China), além de uma especialização na Universidade de Tsingua (Turim, Itália). Esse é um breve resumo do currículo de estudos internacionais do juiz Jesseir Coelho, da 1ª Vara Criminal de Goiânia. “Estudando mais e mais: assim podemos aperfeiçoar nosso sistema judiciário”, defende.
“Participei de um curso de Direitos Humanos na Universidade de Tsingua, em Pequim, na China. Fiquei duas semanas lá, em regime intensivo de aulas. Acho importante experiências assim, porque podemos fazer comparações e aperfeiçoar nosso sistema”, completa o juiz Jesseir Coelho.
Direito comparado
Juiz André Lacerda: mestrado em Portugal
Diretor de comunicação da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO), o juiz André Lacerda, diretor do Foro de Goianésia, escolheu a Universidade de Lisboa, em Portugal, para cursar o mestrado em Direito Constitucional. “É uma instituição de qualidade comprovada mundialmente, tem tradição centenária e professores catedráticos reconhecidos por toda a comunidade acadêmica na área de concentração escolhida”, garante.
O magistrado acredita que a experiência internacional é rica e proporciona uma vivência comparativa de costumes, legislações, forma de aplicação da jurisdição, além de apresentar modelos outros de soluções de conflitos e formas interessantes de interpretação do Direito.
“Para os magistrados brasileiros, que se veem às voltas, cada vez mais, com a necessidade de aprofundar seus conhecimentos e dar conta da dinâmica complexa deste mundo globalizado, é fundamental ampliarmos também nossos horizontes em termos de pesquisa e referências doutrinárias, já que o ato de julgar exige de nós uma visão dilargada destes problemas, que acabam tendo repercussões cada vez mais abrangentes”, finaliza.
Juiz Marcus da Costa Ferreira: especialização em Coimbra
Para o juiz substituto em segundo grau Marcus da Costa Ferreira, que, recentemente, concluiu a especialização em Direito dos Contratos e de Consumo, em Coimbra, Portugal, saber como o Direito "funciona no restante do mundo", é muito importante. “O magistrado tem que entender que nunca pode parar de estudar na vida. O Direito é uma ciência dinâmica. Ele se move assim como a sociedade também se move”, afirma.
O magistrado optou pela área de concentração e instituição pela reconhecida qualidade do ensino oferecido em Coimbra. E ressalta que o investimento em formações de qualidade contribuem não só para o aprimoramento do magistrado, individualmente, apresentando reflexos positivos para o cotidiano do Judiciário, beneficiando diretamente o jurisdicionado.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO. Texto: jornalista Victor Hugo de Araújo