A revista INFOExame deste mês publica uma interessante pesquisa sobre as Cem Empresas Mais Ligadas do Brasil, tendo como escopo verificar as organizações que mais investiram em tecnologia e informática no Brasil no ano de 2.007. Mas o mais interessante e que chamou a atenção do mundo jurídico do país é que a relação não cita nenhum órgão do Poder Judiciário.
O primeiro lugar ficou com o Bradesco, que investiu 900 milhões de dólares e faturou 17,5 bilhões de dólares. É detentor de 109.000 desktops, 2.000 notebooks, 5.000 servidores, 2.150 profissionais de TI e guarda um volume de 3.100 TB de informações.
No 51º lugar encontra-se o Ministério Público Federal, que gastou 6 milhões de dólares com tecnologia e informática, tem uma previsão de gasto para 2.008 de quase 3 milhões de dólares, é detentor de 9.500 desktops, 1.500 notebooks, 500 servidores, 600 profissionais de TI e guarda um volume de 80 TB de informações. O MPF, aliás, investiu mais do que a Itautec, Alcan, Elevadores Otis, Semp Toshiba, Eucatex, Samarco e Hospital Sírio-Libanês.
O Tribunal de Contas da União, por sua vez, ficou no 88º lugar - gastou em
As perguntas que ficam são: por que não há investimentos substanciais em tecnologia e informática no Poder Judiciário, justamente quando toda a sociedade se encaminha para a tecnologização e sabe-se que a Justiça não pode ficar para trás? Muito se anuncia, muito se fala em digitalização total dos processos, o que em muito contribuiria com o meio ambiente, em função da brutal economia de papel/árvore que se pode fazer, mas é evidente que sem aporte financeiro pouco ou nada se pode fazer.
"O que, e como fazer, se em muitas comarcas não existe Internet, nem computador e em muitas o computador foi comprado com recursos pessoais do próprio juiz?", indaga o juiz aposentado e secretário-geral da Anamages, Antônio Sbano.