Está marcada para a quarta-feira (23/1) mais uma tentativa de resolver a situação do presídio de Planaltina de Goiás, interditado parcialmente desde outubro do ano passado. Por iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a reunião será entre o Secretário de Segurança Pública do Estado, Joaquim Mesquita, e representantes do Ministério Público estadual e do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). O encontro acontecerá na sede do TJGO, em Goiânia, com o objetivo de traçar os encaminhamentos para diminuir a situação de superlotação e as péssimas condições de funcionamento do presídio, denunciadas pelo CNJ depois do mutirão carcerário, realizado pelo Conselho no segundo semestre de 2011.
Para o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), juiz Luciano Losekann, que participará da reunião no TJGO, é urgente que seja definido um plano de trabalho para solucionar a situação de caos na qual se encontra o presídio de Planaltina. “Vamos ver se é possível que se transfira alguns presos para outros presídios e ver como está o cronograma do governo do Goiás para a construção de novos presídios”, explicou Losekann, que acredita que da reunião deve sair alguma proposta exequível em curto prazo. “Do jeito que está não pode continuar. Durante a reunião vamos debater o que é possível fazer de imediato antes que uma tragédia aconteça”.
Delegacia - Além do presídio, a Delegacia de Polícia Civil de Planaltina de Goiás – antigo Centro de Operações de Segurança (Ciops) – também está interditada parcialmente por causa da superlotação, o que torna gravíssima as condições de segurança do município. Em dezembro passado, o CNJ denunciou que presos por homicídio estavam sendo postos em liberdade por falta de vagas na carceragem.