Presidente da AMB destaca que entidade defende o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas
Entidades que fazem parte da Coalizão pela Reforma Política e Eleições Limpas, incluindo a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se reuniram na tarde desta quarta-feira (24), na Câmara dos Deputados, para discutir com os parlamentares mudanças na legislação eleitoral. Os integrantes das entidades querem ampliar o apoio na Casa ao projeto de iniciativa popular que prevê, entre outros pontos, o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas.
A Coalizão também defende as eleições proporcionais em dois turnos; paridade de gênero; e fortalecimento da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes. O presidente da AMB, João Ricardo Costa, disse que a entidade apoia a proposta. Durante a sua exposição, João Ricardo assinalou que as atuais regras eleitorais são “complexas e dificultam a fiscalização dos pleitos”.
Além disso, o presidente da AMB destacou que o financiamento de campanha precisa ser revisto. “Entendemos que há necessidade de se romper com essa estrutura, que favorece a corrupção no país.” Por fim, ele acrescentou que o voto no Brasil precisa ter o mesmo peso. “Temos que dar o mesmo valor do voto para cada cidadão brasileiro. Isso não acontece hoje por conta da forma de financiamentos eleitorais.”
O presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno, garantiu que a Igreja está nesta luta junto com o cidadão em favor de um processo eleitoral mais democrático. Já o secretário-geral da OAB, Cláudio Souza, defendeu que a mulher participe em igualdade de condições nos processos eleitorais e cobrou que o STF retome a análise do processo que prevê o fim de doações de empresas a partidos e candidatos.
Pela manhã, o presidente da AMB participou de um Manifesto em Defesa da Democracia, organizado pela CNBB e OAB, com o apoio de diversas organizações e movimentos sociais. Para João Ricardo, o ato é importante pela conjuntura política que o país atravessa. “O avanço na legislação eleitoral brasileira somente vai acontecer com a mobilização social”, destacou.
Fonte: AMB