A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) ofereceu a associados, ontem (18), uma noite dedicada à Cultura. Durante um sarau de poesia e música, organizado pelas Diretorias Cultural e Social da ASMEGO, a associação anunciou os vencedores do 1º Concurso Literário Félix de Bulhões. O diretor Cultural da entidade, desembargador Itaney Francisco Campos, aproveitou o evento para lançar oficialmente mais um concurso literário a ser promovido pela entidade, dessa vez para selecionar textos de autoria de magistrados no gênero prosa. O edital deste concurso deve sair em breve.
A comissão julgadora do 1º Concurso Félix de Bulhões, formada pela crítica literária, professora e acadêmica Moema de Castro e Silva Olival; pelo poeta e acadêmico Aidenor Aires Pereira e pelo professor doutor Nasr Nagib Fayad Chaul, sob a presidência da primeira, concedeu três prêmios principais e menção honrosa a outros três magistrados participantes do concurso. A poesia mais bem avaliada pela comissão e que conquistou o primeiro lugar no concurso foi A estranha Máquina, de autoria do desembargador Itaney Francisco Campos. O segundo lugar foi conquistado pelo magistrado Denival Francisco, com a poesia Vogal bundear; e o terceiro lugar pelo juiz Eduardo Perez, com o texto Ex cultor.
Os prêmios de menção honrosa foram concedidos à juíza aposentada Luiza Fortunato; à associada e pensionista Maria Gildina Roriz; e ao juiz aposentado Antônio Lenes de Araújo. Os integrantes da comissão julgadora, na ata de julgamento do concurso, consideraram por bem recomendar três poemas de autoria do juiz aposentado e presidente da Associação dos Magistrados Espíritas (Abrame), Weimar Muniz de Oliveira. Após a entrega dos prêmios, os presentes foram convidados a declamar poesias selecionadas no concurso sob o som de Música Popular Brasileira executada ao violão, piano e flauta.
Coletânea
O presidente da ASMEGO, juiz Gilmar Luiz Coelho, frisou o compromisso da associação com a publicação dos textos enviados pelos magistrados para participação nesta primeira edição do concurso em forma de coletânea. A estimativa é de que cerca de 100 textos sejam publicados neste primeiro livro. “A ASMEGO sente-se honrada em ser a promotora de um evento dessa magnitude e beleza”, disse o juiz Gilmar Coelho. De acordo com o presidente, o sarau de ontem é apenas o primeiro de uma série de outros eventos que a entidade pretende realizar com o intuito de fomentar a cultura em meio à magistratura.
O desembargador Itaney Campos, diretor Cultural da ASMEGO, fez um balanço positivo desta primeira edição do Concurso Literário Félix de Bulhões. “O número de juízes que participaram foi bem acima do que esperávamos, tendo em vista que a poesia é um gênero literário difícil. Só tenho a dizer que este foi um evento proveitoso, exitoso e muito bonito. Vamos realizar muitos outros”, garantiu. Segundo o desembargador, a ideia de promover um concurso dessa natureza vem do fato de muitos magistrados se dedicarem à Literatura e esse trabalho não ser conhecido e reconhecido por sua qualidade e valor cultural. “Assim, incentivamos o cultivo da arte junto à magistratura.”
O novo concurso que será formatado pela Diretoria Cultural, explica o desembargador, receberá os textos do gênero prosa, quais sejam crônicas, contos, novelas e ensaios. O magistrado, que sagrou-se vencedor desta primeira etapa do concurso, abriu mão da premiação – R$ 3 mil em cotas da Cooperativa de Crédito Juriscred – em prol da próxima edição do certame.
O juiz Denival Francisco, segundo colocado no concurso, classificou a iniciativa da ASMEGO de extraordinária. "Também sou professor. Aos meus alunos, eu digo: 'leiam poesia para não perderem a candura e resgatarem a sensibilidade'", diz o magistrado, que desde muito jovem, escreve. Para o magistrado Eduardo Perez, terceiro colocado no certamente, é fundamental ao juiz ter formação filosófica e literária. "A cultura sedimenta a relação da magistratura com outros segmentos sociais", diz.
Para a professora Moema de Castro, que presidiu a comissão julgadora do concurso, a iniciativa da ASMEGO em promover eventos dessa natureza deve ser imitada por outras entidades. “Aqui, os magistrados puderam mostrar a sua arte. E que bela arte!”, frisou a crítica literária. Para ela, o contato com a poesia nos faz todos melhores e mais sensíveis às questões humanas.
Também participaram da abertura oficial do sarau na noite de ontem a juíza e diretora Social da ASMEGO, Fláviah Lançoni; o diretor da Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás, José Carlos de Oliveira; e o presidente da Cooperativa de Crédito Sicoob Juriscred, Domingos Portilho. Associados e seus familiares também foram prestigiar o sarau de poesia e música.
Graças a parceria firmada entre a ASMEGO e a Juriscred, foram oferecidos os seguintes prêmios aos melhores trabalhados apresentados ao concurso: subscrição de três mil cotas da cooperativa – no valor de R$ 3 mil – para o primeiro colocado; um tablet, para o segundo; e uma câmera fotográfica semiprofissional, para o terceiro colocado. Cada um dos premiados recebeu, também, um troféu alusivo ao concurso.
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