Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Semana da Conciliação faz mais de 26 mil audiências e 86% dos casos têm acordo


Quando, simbolicamente, apertou a mão do, agora, ex-marido, a autônoma Regina Flávia colocou um ponto final numa pendência que se arrastava há mais de um ano.


“Foi muito bom. Saio satisfeita porque meu caso foi resolvido com agilidade na Semana da Conciliação”, diz a mulher que buscava o divórcio e a pensão para o filho pequeno.


Regina foi uma das centenas de pessoas que estiveram no Fórum Desembargador Fenelon Teodoro Reis, no Jardim Goiás, em Goiânia, onde Processos de Família eram atendidos. No local, durante a 8ª Semana Nacional da Conciliação, funcionou o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania.


“A pensão ficou em R$ 339 e agora também já estou, oficialmente, solteira. Agora é seguir a vida, trabalhar e cuidar do meu filho”, conclui.


A juíza Maria Cristina Costa foi a coordenadora adjunta no local. A magistrada viu de perto os benefícios do projeto. “O melhor de tudo é oportunizar que as partes dialoguem. A cada ano a gente vai se organizando e fazendo um trabalho melhor para o cidadão”, diz.


Balanço





Essa sexta-feira (06/12) foi o último dia da Semana Nacional da Conciliação, que, em Goiânia, ainda fez atendimentos na Estação Goiânia (no Centro) e Campus V da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), no Jardim Goiás. Também se envolveram no projeto as comarcas de Aparecida de Goiânia, Anápolis, Caldas Novas e Rio Verde.


O balanço parcial – contabilizado até 5ª feira - aponta que mais de 26 mil audiências foram realizadas, com 22 mil acordos efetivados - o que representa 86,47% do total - movimentando mais de R$ 25,5 milhões.


Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), os números estão bem acima da Meta 3 estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é de 65% de acordos. Só o município de Goiânia, nestes quatro dias, efetivou R$ 3,3 milhões em acordos com os contribuintes.


“Foi ótimo pra mim. Estive pela primeira vez frente a frente com um representante da Justiça. Tenho certeza que dei um importante passo para resolver meu caso”, disse a aposentada Maria José de Paula, que conseguiu fazer o pedido de partilha de bens após o divórcio.