Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Simulação de assalto a ônibus marca encerramento de curso sobre gerenciamento de crise

Uma simulação de crise com direito a pessoas feitas reféns em um suposto assalto a ônibus agitou a tarde dos magistrados que participaram do curso de Estágio em Gerenciamento de Crise ministrado pela Academia da Polícia Militar nesta sexta-feira (18/5). Com participação ativa nas negociações simuladas, os juízes estiveram em situação fictícia semelhante ao caso do Ônibus 174, sequestro ocorrido em junho de 2000, no Rio de Janeiro (RJ), cujos trágicos resultados seriam mostrados, mais tarde, no cinema.


De forma voluntária, a magistrada Luciana Nascimento, da 14ª e 15ª Varas Cível e Ambiental de Goiânia, foi uma das magistradas que participaram da encenação. “É a primeira vez que participo do treinamento, mas já fiz minha inscrição para o curso de Instrução de Tiro e quero fazer também o de Direção Defensiva. É extremamente importante ter noções, ainda que básicas, sobre situações de crise, saber até onde é seguro ir ou se devemos nos resguardar”, completa.


Coordenador do treinamento ministrado pela PM, o capitão Alci Antônio Santos de Morais relata que a integração entre magistratura, Ministério Público e órgãos de segurança do Estado é de extrema necessidade para o bom desempenho das funções de todos. “Depois do curso, sempre recebemos contato de magistrados agradecendo a experiência e isso é motivador”, finaliza.


Para completar a tarde de atividades, duas palestras foram ministradas pelo tenente Handerson Serra Dourada, o tenente Serra, e pelo Tenente Marcelo Duarte Veloso. Serra abordou a função de atirador policial de precisão, munições e a dificuldade em lidar, cada vez mais, com mudanças mediante novos modalidades de crime. “Se em um dia é a saidinha de banco, no outro é a explosão a caixa eletrônico e, cada vez mais, novos métodos vão aparecendo. É preciso se adequar a isso para defender o bem público e a vida humana”, explica.


Veloso, que atuou na desocupação da Favela da Rocinha enquanto participava de treinamento promovido pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE), contou aos participantes um pouco da própria experiência. Além disso, falou das diferentes realidades dentro do Brasil e das missões de um Grupo Tático, entre elas, cumprimento de mandados de prisão de alto risco, ações antibomba e a dedicação exclusiva ao trabalho.


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