Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

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Só 15,7% dos magistrados conseguem concluir tarefas na jornada regular de trabalho, diz censo do CNJ


Além da sobrecarga de trabalho, magistrados também apontaram alto déficit de servidores nas unidades judiciárias e falta de segurança pessoal e nos prédios do Judiciário


Divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Censo do Poder Judiciário traça um perfil dos magistrados brasileiros. Resultado de amplo levantamento que ouviu 64% dos magistrados em atividade no Brasil, a pesquisa aponta gargalos, deficiências e faz um retrato de como esses profissionais enxergam a carreira e as condições de trabalho existentes nos tribunais onde atuam.


A sobrecarga de trabalho na imensa maioria dos órgãos da Justiça fica clara, por exemplo, quando apenas 15,7% dos magistrados brasileiros afirmam conseguir concluir suas tarefas diárias na jornada regular de trabalho. Isso significa que a imensa maioria dos juízes tem uma jornada de trabalho excessiva.


Uma das questões também levantadas pelo censo do CNJ diz respeito à satisfação dos magistrados quanto ao subsídio percebido. Somente 27,8% dos magistrados estão satisfeitos com o salário recebido no fim do mês considerando o trabalho por eles executado.


O censo mostra também que pouco mais da metade dos juízes brasileiros está satisfeita com a infraestrutura existente para a execução do trabalho. Os magistrados ouvidos avaliaram fatores como higiene, iluminação, ventilação, ruído, temperatura, acessibilidade e mobilidade nos locais de trabalho.


Segurança


É preocupante, também, a percepção dos magistrados quanto à sua segurança pessoal. Somente 29,0% dos juízes estão satisfeitos com a atuação dos tribunais quanto à sua segurança pessoal e 34,2% quanto à sua segurança no local de trabalho.


Essa temática tem estado no centro das atenções da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO), que tem cobrado do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás agilidade na contratação de empresa que estará responsável por prover as unidades judiciárias de segurança. Por outro lado, a associação tem promovido treinamentos voltados para os associados visando à sua proteção.


Déficit de servidores


Aliada à sobrecarga de trabalho, outro ponto negativo apontado pelo CNJ diz respeito ao déficit de servidores nas comarcas brasileiras. De acordo com o censo do CNJ, 25,6%, somente, dos magistrados consideram o número de servidores e serventuários nas unidades judiciárias suficientes para a execução do trabalho.


Para ler o estudo completo, clique aqui.


Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO. Texto: Deire Assis