Associação dos Magistrados do Estado de Goiás

Notícias

“Somos parte de um Poder que pode fazer muito pela sociedade”

Eles são quase 600 em Goiás. Praticam uma magistratura reconhecida, do ponto de vista qualitativo e quantitativo, pelos organismos de controle do exercício profissional, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Hoje, 11 de agosto, data em que se comemora o Dia do Magistrado, a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) presta sua homenagem a esses homens e mulheres que dignificam a magistratura goiana. São eles mesmos, juízes e juízas, que falam, ao portal da ASMEGO, sobre o desafio de praticar a Justiça em uma sociedade plural e extremamente desigual. “Somos parte de um Poder que pode fazer muito pela sociedade”, afirma o juiz Gilmar Luiz Coelho, presidente da entidade que representa a classe em Goiás.


Em comum entre os juízes entrevistados pela associação, o sonho de ver uma magistratura reconhecida e valorizada pelos poderes constituídos e pela própria sociedade a que serve. “Somos uma classe aguerrida, lutadora e competente. E esperamos pelo dia em que sejamos reconhecidos e valorizados pelos Tribunais e pela República”, afirma o juiz Gustavo Assis Garcia, da comarca de Goiânia. “O magistrado exerce papel fundamental no processo de transformação social. Mantém o pilar da Democracia no nosso País, sobretudo nas menores comarcas do Brasil”, completa.


É dessa magistratura que o ouvidor-geral da Justiça do Estado de Goiás, desembargador Carlos Alberto França, fala. “Temos compromisso com a justiça social. Desempenhamos uma magistratura séria, responsável e sintonizada com as demandas sociais”, destaca. “Quem se propõe a exercer a magistratura tem que estar motivado por algo maior”, diz o juiz da comarca de Goiânia Fabiano Abel de Aragão Fernandes. “Faço meu trabalho com muito amor, muita paixão. Nenhuma outra profissão me daria o prazer que ser juiz, me dá”, admite.


O juiz substituto Eduardo Perez Oliveira lembra que a rotina do magistrado é de muito trabalho, sempre. “Nossa dedicação é 24 horas por dia, 7 dias por semana”, comenta. “O juiz não pendura o paletó no fim do expediente e vai para casa.” Para o magistrado, o exercício profissional tem algo de vocação. “Acho que nós não escolhemos a magistratura, mas ela nos escolhe”, frisa.


Sensibilidade


Sandra Regina Teodoro Reis, juíza substituta em segundo grau, integra o grupo de magistradas mulheres que tem, ano após ano, alcançado mais espaço no Poder Judiciário. E considera que características femininas como a sensibilidade podem ser muito úteis no exercício profissional. “O coração até interfere nas nossas atitudes, mas considero que essa sensibilidade maior da mulher pode trazer facilidade para nossas decisões”, destaca.


E é a juíza que trata de um dos temas que mais têm atingido a magistratura brasileira atualmente, que é a insegurança que ronda os tribunais. “Vivemos, sim, inseguros. Mas não só os magistrados, como toda a sociedade”, acentua ela, ao dizer que todos esperam por mudança desse cenário.


O presidente da ASMEGO, juiz Gilmar Coelho, ao fechar o ciclo de entrevistas feitas pela entidade com magistrados goianos, acentua a necessidade de a categoria se unir enquanto entidade classista em busca de melhores condições de trabalho e exercício profissional. “É um desafio a ser assumido pelo Judiciário o de dotar o magistrado de condições de trabalho adequadas. Nesse sentido, o associativismo é de fundamental importância”, frisa. “O que a sociedade espera é uma magistratura independente e com condições dignas de trabalho”, diz o presidente.


Assista aqui ao vídeo com as entrevistas concedidas pelos magistrados.


[youtube:bPxnKnE06fQ]