Dar uma solução definitiva aos problemas cotidianos e evitar que os conflitos sociais se transformem em longos processos judiciais, abarrotando, assim, as prateleiras das escrivanias e arrastando-se por anos na Justiça. Essa consciência social já desenvolvida pelo Judiciário goiano há alguns anos, uma vez que o Tribunal estadual foi um dos pioneiros na promoção de movimentos conciliatórios no País, já obtém resultados positivos como a realização da 5ª edição da Semana Nacional da Conciliação e a indicação para o 1º Prêmio Nacional da Conciliação, realizado pelo CNJ.
Dentro desse contexto, o juiz Fernando Ribeiro Montefusco, presidente da Comissão do Movimento pela conciliação em Goiás fez avaliação destas primeiras horas de realização da ação. De acordo com ele, após cinco edições do projeto os parceiros estão mais conscientes da importância e do papel da conciliação e tem se unido num esforço concentrado para que todos os cidadãos sejam atendidos em tempo hábil. “As audiências estão fluindo sem tumulto e a cada ano nos aperfeiçoamos mais para que nosso objetivo final seja alcançado: a satisfação da população e a resolução de suas pendências”, acentuou, ao explicar que foram montadas bancas de conciliação para atendimentos de questões bancárias, tributárias, previdenciárias, entre outras.
O magistrado acredita que sejam atendidas somente nesta segunda-feira (29), no Centro de Convenções de Goiânia, aproximadamente 3.500 pessoas que agendaram previamente as audiências. Contudo, lembra que das 200 bancas conciliatórias, 20 são destinadas aos cidadãos que são partes em processos, mas não foram intimadas e desejam resolver suas pendências. “Pretendemos atender bem a população de uma forma geral, por isso reservamos 20 bancas para aqueles que não foram intimidados. O Judiciário passa por um momento de transformação e essa mudança de mentalidade ocorreu porque houve provocação da própria sociedade”, esclareceu.
Com relação à indicação do Tribunal goiano para o 1º Prêmio Nacional da Conciliação, Fernando Montefusco revela sua alegria e contentamento ao classificar os juízes goianos como “agentes sociais”. “Esse despertar da consciência social para a conciliação é uma realidade na magistratura goiana. Estamos em solo fértil e a semente está plantada. Agora só estamos colhendo os bons frutos que renderão uma bela colheita no futuro”, comemorou.
Já o juiz Enyon Fleury, auxiliar da Presidência do TJ, que está a cargo das audiências e questões relativas ao DPVAT, salientou que nesta manhã os atendimentos transcorreram na mais absoluta normalidade e afirmou que 100% das intimações foram cumpridas. A expectativa, conforme informou o magistrado, é de que cerca de 800 pessoas sejam atendidas neste primeiro dia da semana de conciliação. “Acreditamos que vamos superar um índice de 70% de acordos. Para as audiências do DPVAT já foram designados 25 médicos peritos e todos serão atendidos em tempo real com celeridade e dignidade”, assegurou.