Atenta à importância da capacitação, integração e troca de experiências para tornar a prestação jurisdicional mais eficiente e célere, a Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO) promove na próxima semana o 1º Workshop dos Juizados Especiais. O evento será realizado na terça e quarta-feira (18 e 19), na sede da Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego). A abertura será procedida às 9 horas pela corregedora-geral da Justiça de Goiás, desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, e pelo juiz Antônio Cézar Meneses, auxiliar da CGJGO e coordenador do evento.Ainda no período da manhã de terça-feira, o público em geral terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os Programas Justiça Terapêutica, do Tribunal Justiça de Goiás (TJGO), cuja explanação será feita pela juíza Maria Umbelina Zorzette, da 12ª Vara Criminal de Goiânia, idealizadora do projeto, e de Cálculo de Pena para os Juizados Criminais, com apresentação das servidoras da CGJGO Nair Pinheiro de Moura e Wilana Carlos da Silva.À tarde, a experiência nos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e da Fazenda Pública será trazida à tona por vários juízes e servidores que atuam nesses juizados. Participarão das ministrações Sebastião José de Assis Neto, da 1ª Turma Recursal Cível e Criminal de Goiânia; Osvaldo Rezende Silva, do 1º Juizado Especial Criminal de Goiânia; Liliana Bittencourt, do 4º Juizado Especial Criminal de Goiânia; Everton Pereira Santos, do 1º Juizado Especial Cível e Criminal de Catalão; Leonys Lopes Campos da Silva, do 2º Juizado Especial Cível e Criminal de Catalão; Fernando César Rodrigues Salgado, do Juizado Especial da Fazenda Pública de Goiânia; Susana Silva Araújo, do 2º Juizado Especial Cível de Goiânia; e Kelita da Silva Vieira Viana, do 4º Juizado Especial Criminal de Goiânia.Na quarta-feira, último dia do workshop, os juízes Aldo Guilherme Saad Sabino Freitas, do 2º Juizado Especial Cível de Goiânia, e Altamiro Garcia Filho, do 1º Juizado Especial Cível e Criminal de Jataí, farão considerações pertinentes aos juizados e na sequência serão discutidas as propostas dos enunciados cíveis. O encerramento será feito pelo juiz Antônio Cézar Meneses.Fonte: Assessoria de Imprensa da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás
Foto: Gláucio Dettmar/Agência CNJO presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Ricardo Lewandowski, anunciou, nesta terça-feira (11/11), em Florianópolis/SC, os compromissos da Justiça brasileira para 2015. Entre as sete metas aprovadas pelos presidentes dos tribunais brasileiros durante o VIII Encontro Nacional do Poder Judiciário, estão promover mais conciliações e julgar mais processos dos principais litigantes e os recursos repetitivos. O objetivo das medidas é evitar que novas ações judiciais sobrecarreguem ainda mais os tribunais do país. Em 2013, havia 95 milhões de processos tramitando na Justiça, sendo que apenas cerca de 30% deles foram baixados (resolvidos pelo Judiciário) ao longo do ano passado.Aumentar os casos solucionados por conciliação será a missão que a Justiça Federal terá para o próximo ano, de acordo com a Meta 3. Segundo o ministro Lewandowski, é preciso enfatizar a busca pela via da conciliação para resolver "essa explosão de litigiosidade, um fenômeno que acontece no Brasil e em todo o mundo".A Meta 7 estabeleceu que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Justiça do Trabalho e a Justiça Estadual priorizarão, no ano que vem, o julgamento dos processos dos maiores litigantes. Em 2012, levantamento do CNJ apontou que o setor público federal e os bancos respondiam por 76% dos processos em tramitação na Justiça.Ainda de acordo com a Meta 7, também será priorizado o julgamento dos recursos repetitivos, como são conhecidos aqueles recursos que propõem teses idênticas, baseadas na mesma questão de direito. Quando são considerados repetitivos, os recursos são sobrestados, ou seja, permanecem suspensos até que um tribunal superior se pronuncie a respeito da questão. A decisão do tribunal vale para todos os recursos repetitivos do mesmo grupo."Estamos aprendendo com nossa experiência que devemos impedir que os grandes litigantes prossigam com essa sua ação, muitas vezes nefasta, de abarrotar os escaninhos da nossa Justiça, e também tomarmos decisões que impeçam que as ações se repitam indefinidamente, muito embora já tenham sido definitivamente decididas pelas várias instâncias das diferentes Justiças especializadas", afirmou.Manutenção – O colegiado de presidentes de tribunais brasileiros manteve duas metas históricas relacionadas à produtividade dos juízes. A Meta 1 determina que os magistrados deverão julgar, ao longo de 2015, um número de processos maior do que a quantidade de ações judiciais que ingressarem ao longo do ano. A Meta 2 se refere ao julgamento de processos antigos. Ambas as metas deverão ser cumpridas por todos os segmentos da Justiça brasileira.Também foi aprovada pelo terceiro ano a meta que prioriza o julgamento dos processos relativos a casos de corrupção e improbidade administrativa, a chamada Meta 4. O VIII Encontro Nacional também aprovou a Meta 5, segundo a qual a Justiça do Trabalho e a Justiça Federal deverão impulsionar os processos de execução. De acordo com a Meta 6, o STJ, a Justiça do Trabalho, a Justiça Estadual e a Justiça Federal se comprometeram a priorizar o julgamento das ações coletivas.Na avaliação do ministro Lewandowski, o processo de definição das metas de 2015 levou em conta "aspectos humanos", tais como a saúde e a qualidade de vida de magistrados e servidores. "Verificamos que, além das principais estatísticas sobre o Judiciário, na média dos últimos anos os juízes chegaram praticamente ao limite, prolatando cerca de 1,4 mil a 1,5 mil decisões por ano. Isso é um esforço sobre-humano que começa a afetar a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida de magistrados e servidores", disse o ministro.A preocupação da magistratura brasileira reunida no VIII Encontro Nacional do Judiciário com a saúde dos recursos humanos dos tribunais fundamentou a criação da diretriz estratégica segundo a qual todos os segmentos da Justiça deverão "zelar pelas condições de saúde e qualidade de vida no trabalho de magistrados e servidores".Clique aqui para acessar as sete metas do Judiciário para 2015.Fonte: CNJ
Detalhe da decoração da festa do ano passadoEvento reúne juízes, familiares e amigos na confraternização anual da entidade. Festividade ocorre na sede administrativa da ASMEGO, em GoiâniaA Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) promove, no dia 13 de dezembro, a tradicional confraternização de fim de ano da classe, que reúne, no Baile Themis, centenas de juízes, familiares e amigos. O evento será realizado às 20h30, no Salão Social da sede administrativa da ASMEGO, situada na Rua 72, nº 192, esquina com BR-153, no Jardim Goiás, em Goiânia."O Baile Themis, como em todos os anos, vai proporcionar momentos de descontração e integração entre os colegas magistrados. E nessa edição, nós preparamos novidades que irão surpreender a todos", disse a juíza Elaine Christina Alencastro Veiga Araújo. No ano passado, cerca de 500 convidados prestigiaram a confraternização de fim de ano da ASMEGO. Relembre.Confira as regras para retirada dos convites.Normas do Baile Themis 20141 – Não há limitação de convites em relação a esposa/marido/companheiro e filhos/enteados (salvo item 3). Esses dependentes poderão entrar desde que o associado retire seus convites ou forneça os nomes na Secretaria da Presidência da ASMEGO, com Valeska, pelo telefone (62) 3238-8927, ou na Diretoria Social, com Cora, no número (62) 3238-8910, para que conste na lista de convidados disponível na recepção do evento. Os dependentes poderão comparecer sem a presença do associado na festividade, desde que previamente informados os nomes ou retirados os convites.2 – O associado poderá levar apenas um acompanhante ao evento, que não precisa ser, necessariamente, seu dependente. Da mesma forma, caso o dependente queira levar acompanhante ao Baile Themis (no caso de genro ou nora de associado), haverá limitação de até dois convites por associado.3 – Caso o associado queira levar os pais ou sogros à confraternização, há limitação de dois convites para os mesmos, ressaltando que, nesta hipótese, não poderá retirar convites para filhos também.4 – Optando o associado por levar pessoas extras além das descritas nos itens 2 e 3, deverá arcar com o valor de R$ 120,00 desde que o associado retire seu convite até o dia 8 de dezembro, com Valeska ou Cora. São disponibilizados 50 convites pagos para o Baile Themis – ou seja, quando atingir 50 convidados pagos, a venda de convites para o evento será encerrada.Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO
Nomes de peso garantirão debate de alto nívelEvento será realizado em Brasília no dia 21 de novembro. Inscrições estão abertasA AMB realiza, no dia 21 de novembro, o Seminário República – Impasses da Democracia Brasileira. O evento, que vai ocorrer no centro de convenções do Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, tem o objetivo de debater o papel dos movimentos sociais e dos três poderes na construção da República e também a Reforma Política.As inscrições já estão abertas. Os interessados em participar podem garantir a vaga no email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (61) 2103-9027 // 2103-9044 – com os funcionários Lucinalva ou Dângello. Não perca!Conheça abaixo os palestrantes do seminário:Juarez Cirino – O advogado criminalista formou-se em Direito há 49 anos. É também professor universitário, pesquisador e autor de livros jurídicos como A criminologia Radical, A criminologia da Repressão, As raízes do crime, Manual de Direito Penal, A moderna teoria do fato punível, entre outros. Pioneiro da criminologia crítica no Brasil, tem mestrado e doutorado sobre o assunto. Atualmente, é conselheiro estadual titular da OAB seção do Paraná e presidente do Instituto de Criminologia e Política Criminal.José Geraldo de Souza – O ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) é graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal. Tem doutorado em Direito, Estado e Constituição e também mestrado pela UnB. Entre as suas obras, estão: Para uma Crítica da Eficácia do Direito; Sociologia e Direito: Textos básicos para a disciplina de Sociologia Jurídica; Ensino Jurídico OAB: 170 Anos de Curso Jurídico no Brasil e Ética; Justiça e Direito: Reflexões sobre Reforma no Judiciário; Direito como Liberdade: O Direito Achado na Rua; e Antecedentes e Precursores da Sociologia Jurídica.Ricardo Lewandowski – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é mestre, doutor e livre-docente em Direito do Estado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1994). Ingressou na magistratura como juiz do Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo. Foi vice-presidente da AMB na gestão dos presidentes Francisco de Paula Xavier Neto e Paulo Benjamim Fragoso Gallotti. É ministro do STF desde 2006 e autor de livros, além de inúmeros artigos e estudos científicos publicados em revistas acadêmicas no Brasil e no exterior.José Eduardo Cardozo (a confirmar) – O ministro da Justiça é paulista, advogado, mestre e doutorando em Direito, além de procurador do município de São Paulo desde 1982. É também professor de Direito Administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Ocupou o primeiro cargo político, aos 28 anos, como secretário de Governo do município de São Paulo. Foi vereador de São Paulo por três mandatos consecutivos e eleito deputado federal duas vezes. É autor dos livros Da Retroatividade da Lei e A Máfia das Propinas - Investigando a corrupção em São Paulo.Vital do Rêgo Filho - É formado em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O interesse pela política surgiu em 1982, quando ainda era estudante. Elegeu-se vereador em Campina Grande em 1988, depois deputado estadual, federal e, atualmente, é senador. No Senado, presidiu a Comissão Mista de Orçamento (CMO). É o atual corregedor do Senado Federal e presidente de várias comissões, como a de Constituição e Justiça (CCJ).Fonte: Ascom/AMB
Morre Manoel Marques Machado, pai do secretário-geral da ESMEG, Marco Antônio Pimpão MachadoCom imenso pesar, informamos que o pai do nosso secretário-geral, Marco Antônio Pimpão Machado, o senhor Manoel Marques Machado, faleceu na manhã deste sábado (15), em Goiânia. O velório será realizado no Cemitério Jardim das Palmeiras a partir das 13 horas de hoje. O sepultamento será também no Palmeiras, amanhã, às 9 horas.Os colaboradores da Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás (ESMEG), seus coordenadores, diretoria e alunos que acompanharam, nos últimos meses, a luta de Marco Antônio pela recuperação do pai sentem muito pela sua perda. E se unem a ele neste momento de grande dor.Fonte: Assessoria de Comunicação da ESMEG | Ampli Comunicação
Representantes de tribunais de Justiça de todo o País reuniram-se no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na quarta-feira (12/11) para analisar metas referentes ao julgamento de crimes contra a vida. Essas metas fazem parte da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), fórum que reúne atores da segurança pública empenhados no combate à violência. O encontro foi coordenado pelo representante do CNJ na Enasp, conselheiro Guilherme Calmon.Em 2014, o Judiciário deveria julgar mais de 80% das 59,7 mil ações penais iniciadas em 2009 não concluídas até julho de 2013. A meta, no entanto, está em 28,8% até agora – os números podem ser atualizados até o final do mês. Apenas Amapá, Maranhão e Acre julgaram mais que 80%, enquanto seis tribunais ficaram abaixo da média nacional.De acordo com os gestores, as dificuldades para o cumprimento da meta foram além do empenho de magistrados ou de tribunais. Em alguns casos, o número de processos em estoque era muito elevado e tornava a meta improvável. Foi o que aconteceu com Pernambuco, líder em julgamentos com 2,3 mil processos concluídos, mas que cumpriu apenas 29,7% da meta, pois tinha estoque de 7,7 mil processos.Gestores de alguns estados também destacaram pouco envolvimento de determinados atores para solução dos processos, como Ministério Público, Defensoria Pública e advocacia. O gestor da Enasp em Mato Grosso lembrou do caso de um magistrado que sofreu representação no CNJ por acelerar o andamento dos tribunais do júri. O gestor do Distrito Federal informou que os defensores públicos locais estão sendo orientados, via portaria, a participar de apenas um tribunal do júri por semana.Os gestores ainda apontaram falta de magistrados e de servidores; falta de espaço para os tribunais do júri; sobrecarga de trabalho devido à cumulação de atividades nas varas; dificuldade para localização de réus e de testemunhas; brechas processuais e procedimentais que atrasam o julgamento; e pouca sistematização e informatização de dados. Citaram, por exemplo, que vários réus ou testemunhas já faleceram ou cumprem pena, mas que essas informações não estão disponíveis, retardando a conclusão dos processos.“Pedi o registro completo da reunião e também para os gestores se manifestarem por escrito sobre o que impediu o cumprimento das metas. O CNJ encaminhará as demandas aos estados para que tomem as devidas providências”, disse Calmon. Os ajustes, no entanto, só deverão surtir efeitos nos próximos anos, uma vez que o prazo para as metas de 2014 terminou no final de outubro.Quanto às barreiras impostas por outros atores do sistema de Justiça, o conselheiro disse que o CNJ deverá fortalecer o diálogo institucional com órgãos como o Conselho Nacional do Ministério Público, o Ministério da Justiça, o Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais e a Ordem dos Advogados do Brasil. O objetivo é criar um movimento nacional de conscientização sobre a importância do julgamento dos processos envolvendo crimes contra a vida.Outras metas – A segunda meta Enasp determinava o julgamento de 80% das ações relativas a homicídios iniciadas até dezembro de 2009 e que se encontravam suspensas em julho de 2013. O objetivo foi cumprido em 11,5%. O único Estado que superou a meta foi São Paulo, com 80,8%. As demais unidades da federação ficaram abaixo de 50%. Segundo os gestores, essa meta era complexa por independer da ação exclusiva do Judiciário, mas foi produtiva por permitir estudo aprofundado sobre a situação desses processos e criação de estratégias para solucioná-los.A meta com menor taxa de sucesso foi a que previa a execução, até março deste ano, de 80% das condenações expedidas até dezembro de 2012. O cumprimento foi de 8,1%, com efetivação de 554 das 6,6 mil condenações pendentes. O Estado com o maior aproveitamento da meta em números absolutos foi Goiás (181 execuções), mas o valor ainda está abaixo dos 1,2 mil casos pendentes que deixam a unidade na pior colocação nacional de execução penal em homicídios.Os gestores definiram metas para 2015, que terão o mesmo corte inicial para os estados que não cumpriram as de 2014, além dos processos acumulados neste ano. Também discutiram formas de incentivo à produtividade e trocaram informações sobre experiências bem sucedidas nas unidades da federação. Ficou acordado que eles deverão pensar como detectar processos que envolvem mulheres assassinadas como resultado de violência doméstica.O grupo decidiu manter para o próximo ano o projeto Comarca Enasp, que deve ser escolhida pelos respectivos tribunais entre as que mais têm dificuldade para cumprimento das metas. A comarca eleita recebe atenção especial da Corte, como cessão temporária de magistrados e de servidores para julgamento em força-tarefa. A próxima Semana Nacional do Júri, com mutirões de julgamento de crimes contra a vida, será de 13 a 17 de abril de 2015.Confira aqui as estatísticas das Metas Enasp.Fonte: CNJ
Juiz Abílio Wolney é cumprimentado pelo ingresso na Academia de Letras do Brasil. Foto: Arquivo pessoal.Magistrado, que atua em Goiânia, tem dez obras publicadas em áreas como Direito e HistóriaO juiz e escritor Abílio Wolney Aires Brito foi empossado, nesta terça-feira (11), pela Academia de Letras do Brasil - seccional de Anápolis (Alba) como membro-fundador daquela entidade, para ocupar a cadeira nº 3, que tem como patrono seu avô, Abílio Wolney. A cerimônia de posse do magistrado ocorreu no auditório do Instituto Federal de Goiás (IFG), em Anápolis, e teve participação de autoridades dos meios acadêmico e político local. Outros 30 escritores foram empossados também como membros-fundadores da Alba.Durante a solenidade, o presidente nacional da entidade, escritor Mário Carabajal, transferiu o cargo simbolicamente à Abílio Wolney, que discursou em nome dos acadêmicos de Anápolis. O ato foi acompanhado pela secretária da Alba, professora Ridamar Batista. "É uma oportunidade de integrar a literatura de Anápolis à essa academia de plataforma nacional, que tem proposta de inclusão democrática de escritores regionais e maior visibilidade no meio acadêmico", comenta Abílio Wolney.Além do magistrado, tomou posse como membro-fundador da Alba o servidor do Poder Judiciário de Goiás Zilmar Wolney Aires Filho, irmão de Abílio Wolney. Zilmar, que é professor universitário, ocupará a cadeira nº 40 da academia literária, cujo patrono é o escritor Amador Abdala. No evento da Alba também foi lançada a coletânea Albergue dos Poetas, organizada por Ridamar Batista.Produção literáriaJuiz titular da 9ª Vara Civel de Goiânia e professor universitário, Abílio Wolney é autor de dez obras de cunho científico, histórico e poético. A produção literária do magistrado inclui os livros Princípios Constitucionais; Juizados, Arbitragem e Mediação; No Tribunal da História; O Duro e a Intervenção Federal - Relatório ao Ministério da Guerra; O Barulho e os Mártires; O Diário de Abílio Wolney; Movimento Comunista Liga Camponesa, 1962; A Chacina Oficial; Memórias de João Rodrigues Leal; e Um Homem Além do Seu Tempo.Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO
Dirigente esportivo usou as redes sociais para atingir o magistradoA Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) vem a público manifestar solidariedade ao juiz federal André Gonçalves de Oliveira Salce, da 26ª Vara Federal de Belo Horizonte, ofendido e ameaçado publicamente, no exercício de suas funções, pelo presidente do Clube Atlético Mineiro, ao determinar, a pedido da Fazenda Nacional, o bloqueio de verbas do clube em virtude de dívida fiscal deste.É inadmissível que em um Estado Democrático de Direito existam pessoas que, por sua condição econômica ou política, se considerem acima da lei e desrespeitem o devido processo legal e o interesse do povo brasileiro.Essa conduta realça o fato de que a magistratura tem sido constantemente atacada ao exercer seu papel constitucional de impor limites àqueles que, pela força, buscam se sobrepor ao interesse coletivo e à paz social.A ASMEGO repudia essa lamentável atitude e reitera que se manterá alerta e diligente contra qualquer conduta que, atacando um magistrado, no exercício de suas funções, ameace a democracia e a Nação brasileira.Gilmar Luiz CoelhoPresidente da ASMEGOEduardo Perez OliveiraDiretor de Prerrogativas da ASMEGO
Juíza Cláudia Sílvia Andrade no gabinete do ministro Gilmar MendesJuíza Cláudia Sílvia recebeu das mãos do ministro exemplar do livro Curso de Direito Constitucional, de autoria de Gilmar MendesO ministro Gilmar Mendes, recebeu na quarta-feira (12), em seu gabinete do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, a juíza Claudia Sílvia de Andrade Freitas, da 1ª Vara Criminal de Águas Lindas e membro da Comissão de Comunicação e Imagem do Magistrado da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO).Na oportunidade, foi entregue à magistrada um exemplar do livro Curso de Direito Constitucional, de autoria do ministro. Além disso, Gilmar Mendes falou da receptividade dispensada ele em Goiânia, no congresso Goiano da Magistratura, realizado pela Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), em outubro do ano passado.“Acredito que certamente por eu estar mais próxima de Brasília, e também porque estava presente em sua recepção em Goiânia influenciou no seu convite a mim, como uma forma de agradecimento aos demais juízes goianos pela boa receptividade no evento”, destacou a juíza Claudia Andrade.Fonte: Centro de Comunicação Social do TJGO
O Brasil Justiça desta semana vai falar sobre a Reforma Política, um assunto que vem sendo discutido no Congresso há mais de 20 anos e, de acordo com a presidente Dilma Rousseff, será prioridade em seu segundo mandato. Para falar sobre esse tema e também o Seminário República - Impasses da Democracia Brasileira que será promovido pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o Brasil Justiça desta semana recebe o presidente da entidade, João Ricardo Costa.Na entrevista, João Ricardo fala que a Reforma Política deve ser mais abrangente do que específica. “É importante que se comece com pontos fundamentais, como o financiamento privado de campanhas. No momento que superamos isso, acabarmos com essa influência do capital nos interesses políticos da sociedade brasileira, vamos dar um grande avanço. O restante é consequência”, diz.Outro destaque do Brasil Justiça é o Seminário República que será realizado em 21 de novembro, no centro de convenções do Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, em Brasília. O evento contará com a participação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do senador Vital do Rêgo, entre outras autoridades. No programa, o presidente da AMB convida a população fazer a inscrição no email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (61) 2103-9027 // 2103-9044 – com os funcionários Lucinalva ou Dângello.Ainda no programa, você confere no quadro Vida de Juiz o depoimento do desembargador Eladio Lecey, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). O magistrado conta como foi a sua trajetória profissional até ingressar na magistratura. Já no quadro Ser Juiz, vamos saber como é trabalhar em Mato Grosso. A declaração é da juíza Gabriela Knaul, relatora especial para a Independência de Juízes e Advogados.Participe do nosso programa. Mande sua sugestão para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Conheça o canal do Brasil Justiça no Youtube.Veja aqui os programas anteriores.Exibições: Inédito: Sexta-feira (14), às 19h30Reapresentações: Sábado, às 6h30Segunda-feira, às 22hTerça-feira, às 6hFonte: AMB
Entidades afirmam que manifestação de Alexandre Kalil desonram a história do clube de futebol e achincalha o Poder JudiciárioA Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANAMATRA) vêm a público repudiar as declarações do presidente do Clube Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, realizadas no dia 11 de novembro, na rede social Twitter, contra o Juiz Federal André Gonçalves de Oliveira Salce, titular da 26ª Vara Federal de Belo Horizonte.Ao xingar e ameaçar o Juiz Federal por conta de decisão judicial proferida em desfavor do Clube Atlético Mineiro, Alexandre Kalil ofende o Poder Judiciário como um todo e desonra a história do centenário clube de futebol que atualmente preside.É inadmissível que o direito à crítica assegurado pela Constituição brasileira descambe para a prática de crimes contra o magistrado, que nada mais fez que cumprir fielmente seu dever de decidir um pedido formulado pela Procuradoria da Fazenda Nacional em processo de execução fiscal.A atitude irresponsável de achincalhar o Poder Judiciário numa rede social incita a população ao descumprimento das ordens judiciais, ao desrespeito às autoridades legitimamente constituídas e ao próprio Estado Democrático de Direito.As associações que subscrevem esta nota esperam que o atual presidente do Clube Atlético Mineiro seja responsabilizado civil e criminalmente pelas ofensas ora praticadas.Brasília, 12 de novembro de 2014.Antônio César BochenekPresidente da AJUFEJoão Ricardo dos Santos CostaPresidente da AMBPaulo Luiz SchmidtPresidente da ANAMATRA Fonte: Ajufe
Complexo Pousada do Rio Quente receberá congressistas em 2015Grupo é responsável pelas providências locais relacionadas ao maior evento da magistratura no Brasil e que em 2015 será realizado no Rio Quente ResortsO presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO), juiz Gilmar Luiz Coelho, convida os membros da Comissão Local do 22º Congresso Nacional da Magistratura para participarem, nesta segunda-feira (17), às 9 horas, na sede da entidade, de reunião destinada à tomada de decisões relacionadas à organização do evento. Em 2015, a ASMEGO será a anfitriã de todas as demais associações e magistrados filiados à Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), promotora do mais importante congresso voltado para a magistratura no Brasil. O encontro será sediado no Rio Quente Resorts, na cidade de Rio Quente, entre os dias 29 e 31 de outubro do ano que vem.Além do presidente Gilmar Coelho, integram a comissão local os magistrados Christiane Gomes Falcão Wayne; Zilmene Gomide da Silva Manzolli; André Reis Lacerda; Thiago Soares Lucena Castelliano de Castro; Elaine Christina Alencastro Veiga Araújo; Cláudia Sílvia de Andrade Freitas; Murilo Vieira de Faria; Carlos Alberto França; Levine Raja Gabaglia Artiaga; Ricardo Silveira Dourado; Rosa Lúcia Perilo de A. Camargo; Vaneska da Silva Baruki; Aline Vieira Tomás; Wilson da Silva Dias; e Átila Naves Amaral.Os membros das Comissões Executiva e Científica do 22º Congresso Brasileiro de Magistrados reuniram-se em setembro, na sede da AMB, em Brasília, para as primeiras deliberações acerca da organização do evento. Desde então, já foram realizadas visitas técnicas ao complexo turístico onde será realizado o congresso e iniciadas as discussões em torno de temas e palestrantes para o encontro.Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO
Cidade de Goiás sediará o quinto encontro regional da ASMEGO em 2014. Foto: Divulgação/InternetEm pauta, demandas próprias da localidade e ações do Fórum Permanente de Democratização do Poder JudiciárioO quinto encontro regional promovido pela Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) neste ano ocorre nesta sexta-feira, 14, às 10 horas, no Tribunal do Júri do fórum da Cidade de Goiás, com juízes de comarcas localizadas no Vale do Araguaia. Na reunião serão discutidos assuntos como demandas próprias da localidade, reivindicações da magistratura em Goiás e desdobramentos das ações do Fórum Permanente de Democratização do Poder Judiciário, de iniciativa da ASMEGO.Para esse encontro são aguardados juízes das unidades de Mozarlândia, Nova Crixás, Aruanã, Jussara, Itapirapuã, Fazenda Nova, Montes Claros, Itaberaí, Itapuranga, Taquaral, Mossâmedes, São Miguel do Araguaia e Itauçú, além da comarca anfitriã.Em 2014, a ASMEGO mobilizou centenas de magistrados nos encontros regionais ocorridos em Luziânia, Ceres, Rio Verde e Itumbiara. As deliberações dos juízes nessas audiências levaram, inclusive, à formatação do Ato Público da Magistratura, que reuniu, no dia 22 de outubro, cerca de 150 magistrados na Corte Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). O ato marcou a mobilização dos juízes de Goiás por eleições diretas para presidente e vice-presidente do TJGO, bem como para corregedor-geral da Justiça.A reunião da ASMEGO na Cidade de Goiás será liderada pelo presidente da entidade, juiz Gilmar Luiz Coelho, e pelo diretor da regional do Vale do Araguaia, juiz Joviano Carneiro Neto. O Fórum de Cidade de Goiás fica localizado na Rua Coronel Luiz Guedes de Amorim, nº 1, no Setor Central.Fórum PermanenteCoordenado pelo juiz Jeronymo Pedro Villas Boas, o Fórum Permanente de Democratização do Poder Judiciário tem como principal pleito, além das eleições diretas no TJGO, a nomeação de juiz de Direito para a Diretoria Geral do Tribunal de Justiça. Conheça todas as bandeiras do Fórum.Fonte: Assessoria de Comunicação da ASMEGO
Evento será realizado entre 29 de abril e 3 de maio em João Pessoa (PB)Estão abertas as inscrições para os VII Jogos Nacionais da Magistratura. Entre 29 de abril e 3 de maio de 2015, João Pessoa (PB) será palco do evento que contará com 13 modalidades: atletismo, basquete, futevôlei, futsal, natação, pebolim, corrida rústica de 5 e 10 mil metros, sinuca, tênis de mesa, tiro, vôlei de praia (duplas), vôlei de quadra e xadrez.“João Pessoa tem todas as condições exigidas para sediar os jogos, inclusive, se destaca no quesito turismo. Sem dúvida, será um grande evento que cumprirá seus objetivos, além das disputas esportivas, a confraternização, o investimento na saúde do magistrado e a participação da família”, explica o diretor de Esportes da AMB, José Flores.São esperados cerca de 700 participantes. Para não ficar de fora, é bom se programar com antecedência.Inscrições podem ser feitas aqui.Fonte: Ascom/AMB
O encerramento do Seminário República – Impasses da Democracia Brasileira será marcado pelo lançamento, no próximo dia 21, em Brasília, do livro da juíza Andréa Pachá, que trabalha no Rio de Janeiro e compõe a Diretoria Cultural da AMB. Intitulada Segredo de Justiça, a publicação é um complemento ao meu primeiro livro da magistrada, chamado A vida não é justa.“São histórias de ficção, narradas a partir da observação dos muitos conflitos que assisti, durante 17 anos, como titular em uma Vara de Família. São histórias sensíveis, algumas tristes, outras bem-humoradas e que revelam a nossa dificuldade, como magistrados, para lidar com as expectativas de justiça no fim de um relacionamento”, diz Andréa.Em entrevista à AMB, a juíza fala não só da publicação como da importância do Seminário República. De acordo com ela, a AMB é e sempre foi uma instituição catalizadora das grandes questões nacionais. “Discutir os princípios republicanos é afirmar que os magistrados estão comprometidos e integrados com as demais instituições na preservação da ética, da eficiência, das liberdades”, destaca.O livro contém 46 crônicas inspiradas em histórias relatadas em seus quase 17 anos de atuação em Vara de Família. Que tipo de histórias estão relatadas e quais a senhora pode contar?Segredo de Justiça é um complemento ao meu primeiro livro de ficção chamado A vida não é justa. São histórias de ficção, narradas a partir da observação dos muitos conflitos que assisti, durante 17 anos, como titular em uma Vara de Família.Embora as tragédias e os dramas sejam repetidos, cada casal experimenta, individualmente, a experiência da dor intensa do fim do amor. São histórias sensíveis, algumas tristes, outras bem-humoradas e que revelam a nossa dificuldade, como magistrados, para lidar com as expectativas de justiça no fim de um relacionamento.Rupturas surpreendentes, paixões avassaladoras, reencontros, conflitos de guarda, pensão, partilha, enfim, um material extremamente rico e humano e um espaço, na Justiça, onde quase todos os cidadãos, em algum momento da vida, se encontram.Tratam-se casos de família reais ou fictícios? Qual o objetivo de expor essas histórias?Todos os casos são ficção, embora a experiência da observação tenha sido preciosa para as crônicas. No fundo, somos todos personagens ou narradores das histórias que vivemos ou que observamos. Pirandello (Luigi Pirandello, dramaturgo, romancista e poeta siciliano) diz que somos todos quantos os que nos veem. Nada mais rico para a dramaturgia e para a literatura do que a densidade do afeto em um momento-limite.Contar essas histórias foi uma maneira que encontrei de organizar minhas angústias, como juíza, para lidar com relações tão complexas. Antes da magistratura, eu trabalhei como roteirista e como produtora de teatro e esse foi também um caminho para reunir esses saberes que são essenciais para a afirmação da nossa humanidade.A senhora relata casos bem-humorados e contados por outros colegas de profissão. Pode resumi-los?Depois que lancei meu primeiro livro, colegas apareceram contando histórias inusitadas e que merecem ser reproduzidas.Uma delas, especialmente divertida, veio de um colega amazonense e revela o abismo que há entre a linguagem que nós falamos e a linguagem que os nossos jurisdicionados compreendem.Aliás, a AMB tem um belíssimo projeto de Simplificação da Linguagem Jurídica, que precisamos retomar. Nada melhor para nos aproximar da sociedade do que criar canais eficientes de compreensão.Qual a importância do Seminário República promovido pela AMB?A AMB é e sempre foi uma instituição catalizadora das grandes questões nacionais. O exercício da magistratura não deve se limitar a questões importantes da corporação, mas, acima de tudo, se ocupar de mecanismos que fortaleçam a democracia e a independência dos poderes, que são questões vitais para a cidadania.Discutir os princípios republicanos é afirmar que os magistrados estão comprometidos e integrados com as demais instituições na preservação da ética, da eficiência, das liberdades.Veja aqui mais informações sobre o Seminário República.Fonte: AMB
Desembargador José Roberto Nalini, presidente do TJSPMagistrado aborda o aumento da litigância no Brasil em artigo publicado no ConjurO Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, assina artigo no portal Consultor Jurídico em que analisa o aumento do número de ações na Justiça e a necessidade de investimento em outras formas de soluções de conflitos.José Renato NaliniO Brasil ingressou no século XXI como se fora um imenso tribunal. Quase 100 milhões de processos estão em curso, pelos 97 tribunais do país. É como se toda a população litigasse, o que nos garantiria o ranking da nação mais beligerante sobre a face da Terra.Há quem ache saudável esse fenômeno: vive-se uma Democracia! Há juízes para ouvir todos os reclamos. Ampliou-se o acesso à Justiça. Hoje ninguém se constrange de estar em juízo.Mas essa não é a única leitura. Será que todos os problemas humanos precisam ser levados à apreciação de um juiz? As pessoas se deram conta de que litigar nem sempre é a melhor solução? E porque isso é preocupante?O Brasil escolheu um modelo muito sofisticado de Justiça. Talvez porque também possui mais faculdades de Direito do que a soma de todas as faculdades de Direito do planeta! Resultado disso é que elaboramos um sistema de cinco Justiças: duas comuns — Estadual e Federal — e três especiais: Trabalhista, Militar e Eleitoral. E de tanto apreço ao duplo grau de jurisdição — a possibilidade de reexame daquilo que já foi decidido — chegamos ao quádruplo grau de jurisdição: os processos começam no juiz singular, passam por um dos Tribunais de 2ª instância — TJ, TRT, TRF, TRE, TJM — chegam a uma terceira instância — STJ, TSE, TST, STM — e, não raro, atingem uma 4ª instância: o Supremo Tribunal Federal, cúpula do Poder Judiciário.Isso faz com que os processos possam durar de 10 a 20 anos para a solução definitiva. Ao menos em parte, porque depois pode começar outra luta com a execução da decisão. E um número enorme de processos termina com julgamento meramente procedimental. Não se chega ao âmago do conflito, mas a resposta é processual.Consequência desse quadro é que o equipamento estatal encarregado de dirimir controvérsias cresce a cada dia, torna-se burocratizado, pesado e custoso. O povo é quem suporta esse gasto. Mas vai chegar um dia em que a sociedade não terá condições de sustentar uma estrutura que é atravancada e lenta. Soterrada de questões que poderiam ser efetivamente solucionadas à mesa do diálogo. Mediante um protagonismo que a cidadania não tem no Judiciário.Embora o direito processual chame a parte, eufemisticamente, de sujeito, na verdade ela é um objeto da vontade do Estado-juiz. O litigante não tem condições de narrar, perante o juiz, tudo aquilo que o atormenta e que o levou a juízo. A cena judiciária é técnica, formalista, não admite espontaneidade. Não é raro que o interessado sequer entenda o que aconteceu com sua demanda, quando a solução é meramente formal, procedimental ou processual. Daí a insatisfação generalizada em relação ao funcionamento da Justiça. Precisamos reverter esse quadro.A começar dos advogados, que obtiveram tratamento muito especial por parte do constituinte de 1988. A advocacia é essencial à administração da Justiça: artigo 133 da CF/88. Mas administração da Justiça não significa, inevitavelmente, ingressar em juízo. A formação jurídica é anacrônica. Obedece aos padrões de Coimbra que, ao ser transplantada para o Brasil, quando da fundação das duas primeiras faculdades (1827), por D. Pedro I — São Francisco e Olinda — já era modelo superado. Inspirara-se na Faculdade de Bolonha, criada no ano 800...Por isso é que a primeira resposta para qualquer problema é propor uma ação. E se o processo é considerado, pela ciência jurídica tradicional, a maneira mais civilizada de se resolver o conflito, nem por isso é a mais rápida, a mais simples e a menos dispendiosa.Precisamos renovar a cultura jurídica. O advogado já tem dois deveres em seu Estatuto, que impõem priorizar a conciliação e dissuadir seu cliente a ingressar com lides temerárias. Ou seja: enfrentar as dificuldades do processo, com a quase certeza de que não conseguirá o reconhecimento de seu direito.Por isso, temos urgência em estimular todas as fórmulas de solução de problemas que prescindam da intervenção do juiz. Elas já existem. O Tribunal de Justiça de São Paulo incentiva a criação de CEJUSCS, centros de conciliação extrajudicial e de cidadania, agradece aos advogados que implementam em suas comarcas o projeto OAB Concilia, propôs a mediação, conciliação e negociação a cargo dos cartórios extrajudiciais e aplaude a criatividade que, em cada município paulista, mostre à população de que, assistida por advogado, ela pode resolver mais rápida e eficazmente as questões de desinteligência convivencial.Isso, não apenas para aliviar o Judiciário de carga excessiva de processos, da qual não dará conta e isso é constatável ao se verificar o reclamo de quem espera longos anos para obter uma solução, que nem sempre é aquela pela qual o injustiçado aspira. Mas o principal é, com o auxílio do advogado, que deve ser um profissional da prevenção, da conciliação, da pacificação e da harmonização, despertar na cidadania a vontade de assumir as rédeas de seu destino. Quando as pessoas aceitam dialogar, orientadas por seus advogados, e chegam a um acordo legítimo passam a entender o que realmente ocorre. Compreendem, ao menos em parte, o ponto de vista contrário. E se chegam a acordo — transigindo parcialmente de suas pretensões — este ajuste é mais assimilado do que a decisão judicial.O juiz, por mais boa vontade que tenha em acertar, é sempre um terceiro, um estranho, a vontade do Poder Judiciário a intervir na vida privada das pessoas. Enquanto que a conciliação é a participação direta do interessado no encaminhamento da solução. Se a cidadania aprender a negociar, a conversar, a acertar seus interesses no diálogo com o adverso, aprenderá a participar da Democracia prometida pelo constituinte: a Democracia Participativa, que fará do Brasil uma Nação com a qual sonhamos e temos o direito de sonhar.É esse exame de consciência e essa reflexão que esperamos surta efeitos em cada município deste magnífico, esplêndido, pujante e complexo Estado de São Paulo.Fonte: Conjur (com Assessoria de Comunicação da ASMEGO)
Hoje, 95 milhões de processos tramitam na Justiça (Foto: Ascom/AMB)Fundação Getúlio Vargas aponta que nove, em cada dez consumidores, buscariam o Judiciário para exigir seus direitosO Judiciário é o caminho mais procurado pela sociedade na resolução de conflitos. É o que revela pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito SP), que mede anualmente o Índice de Confiança na Justiça brasileira (ICJBrasil). Atualmente, 95 milhões de processos tramitam no país.A pesquisa da FGV destaca que, embora a população aponte problemas no Judiciário, a maioria declara que “certamente” procuraria a Justiça para a resolução de seus conflitos. Nos casos hipotéticos relativos ao direito do consumidor, nove em cada 10 entrevistados disseram que, se adquirissem um produto com defeito e o fornecedor não o reparasse, entrariam com um processo na Justiça.Também de acordo com o estudo da FGV, 88% seguiriam o mesmo caminho caso tivessem conflitos na área de direito de família e relações de trabalho. Para o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, apesar de o estudo apontar uma queda no índice de confiança da sociedade em relação ao Poder Judiciário nos últimos quatro anos, a utilização da Justiça na resolução de conflitos é crescente.A pesquisa mostra, por exemplo, que 45% dos entrevistados declararam ter algum residente em seu domicílio que ingressou com alguma ação judicial e 50% dos que utilizaram a Justiça tiveram o seu problema resolvido.A morosidade do Judiciário também é um dos principais problemas destacados pelos entrevistados. “Apesar do processo de modernização que vivemos e da maior consciência dos direitos dos cidadãos resultar na geração de conflitos de massas, a organização do Judiciário ainda está calçada em um modelo tradicional, o que favorece a morosidade e, consequentemente, a má avaliação da sociedade”, afirma o presidente da AMB.Costa destaca, ainda, que a insatisfação da sociedade com a eficiência na prestação dos serviços pela magistratura vem de um arcaico sistema recursal que permite mais de 80 recursos em uma mesma ação. “O uso excessivo de recursos impossibilita que os juízes apresentem melhores resultados perante a crescente demanda da sociedade por seus serviços. É necessário rever, urgentemente, uma legislação compatível com a demanda do nosso tempo. A estrutura atual jamais será suficiente para atender adequadamente os anseios da sociedade brasileira e combater a morosidade”, defende.Ao todo, a FGV entrevistou 7.176 moradores de oito unidades da Federação: Amazonas, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.Fonte: Ascom/AMB
Sistema prisional brasileiro: falênciaNa investigação relacionada à operação Lava-Jato, MP lançou a proposta como forma de abrandar penas de executivos. Falhas no sistema penitenciário foi o principal argumento para que a Corte da Itália negasse extradição de ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique PizzolatoNa negociação de acordos de delação premiada e leniência com empreiteiras envolvidas na operação Lava-Jato, o Ministério Público lançou uma proposta arrojada: a exigência de construção de presídios como condição para abrandar penas a executivos e empresas citados no esquema de pagamento de propinas em obras da Petrobras.Conforme interlocutores que acompanham as conversas, procuradores sugeriram essa contrapartida como forma de solucionar duas questões ao mesmo tempo. Primeiro, as empresas restituem aos cofres públicos, com a realização de grandes obras, parte do dinheiro que teria sido desviado da estatal.Segundo, contribuem diretamente para melhorar a situação precária dos presídios brasileiros - questão que se tornou uma pedra no sapato do Ministério Público Federal depois que a Corte de Bolonha, na Itália, negou a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Ele fugiu do país após ser condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão.O desrespeito aos direitos humanos nas prisões brasileiras foi o único argumento mencionado pelos italianos para negar a extradição. O resultado gerou frustração no Ministério Público Federal, pois todos os argumentos jurídicos apresentados pela defesa de Pizzolato haviam sido negados pelos juízes - o que indicaria uma vitória dos procuradores brasileiros.A Corte de Bolonha rejeitou, por exemplo, a alegação da defesa quanto à ausência de um duplo grau de jurisdição (impossibilidade de recurso a uma corte superior), assim como questionamentos pelo fato de o processo ter corrido no Supremo Tribunal Federal (STF) mesmo para réus sem foro privilegiado, como o ex-diretor do BB.Mas foi uma questão estrutural que levou à derrota do Brasil. A defesa de Pizzolato chamou a atenção para a situação do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, onde motins violentos resultaram na morte de pelo menos 17 detentos desde janeiro. A Corte de Bolonha citou especificamente a morte, este ano, de dois detentos no presídio da Papuda, em Brasília - um dos locais indicados pelo Ministério Público para que Pizzolato cumprisse sua pena - para concluir pela falta de condições do sistema prisional brasileiro para receber um cidadão italiano. O ministro do STF Marco Aurélio Mello chegou a classificar a decisão como "uma vergonha" para os brasileiros.Foi nesse contexto que advogados das principais empreiteiras do país ouviram, de negociadores da Lava-Jato, a exigência de construção de presídios como possível cláusula de acordos para abrandar as penas do caso. Para as empresas, uma possibilidade seria converter parte do pagamento de multas em dinheiro na realização dessas obras. Para executivos, os acordos de delação podem resultar em regimes mais brandos de cumprimento de penas - em vez da prisão, por exemplo, poderiam prestar serviços comunitários.Como o Valor noticiou ontem, os acordos de delação premiada e leniência em negociação na Lava-Jato devem ultrapassar R$ 1 bilhão em multas a empreiteiras suspeitas de participação em atividades ilícitas. Parte desse valor poderia ser convertido na construção de presídios. Além de pagar altas quantias, as companhias terão que confessar a participação nas irregularidades e colaborar de maneira efetiva com as investigações. Atualmente, cerca de sete empresas participam das negociações.Segundo fontes ouvidas pelo Valor, as conversas ainda se dão informalmente e nenhum acordo foi concretizado ainda. Mas se o processo for adiante, será um acordo inédito no Brasil. Do lado das empreiteiras participam advogados, representando os executivos e as empresas. No Ministério Público, as negociações envolvem tanto o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como integrantes da força-tarefa da Lava-Jato que atuam diretamente na primeira instância, em Curitiba.Recentemente, o Ministério Público também passou a atacar o problema carcerário por meio de ações judiciais. A intenção é buscar formas de acionar os Estados, cujo problema carcerário é considerado mais grave que o do governo federal, para que implementem políticas públicas na área prisional.O STF ainda terá que decidir, entretanto, se o Ministério Público tem o poder de entrar com ações na Justiça para induzir a atuação dos Estados, inclusive com a construção de presídios. Os ministros também debaterão se o Judiciário pode obrigar esse tipo de ação por parte do Executivo. Em um processo envolvendo o Estado do Alagoas, o Ministério Público local conseguiu uma liminar para obrigar o governo a implementar medidas nesse setor. O Estado recorreu ao STF, reclamando de ingerência do Judiciário. Procuradores argumentam que não se trata de obrigar o Estado a formular política pública, mas a cumprir a Constituição.Fonte: Valor